sábado, 6 de março de 2010

Asteróide gigante realmente foi o carrasco dos dinossauros

© Ivan Stalio

Se eu começar esta postagem escrevendo que os dinossauros foram extintos pela queda de um asteróide gigante e tudo mais vou estar apenas repetindo o que você já sabe não é? Por isso vamos cortar o papo furado e vamos ao que interessa. Há mais de 20 anos esta teoria do impacto existe, mas agora cientistas dizem que ela é definitiva e provada e que com os dados conseguem invalidar outras teorias propostas para explicar a extinção.


Foram reunidos todos os estudos importantes dos últimos 20 anos, a respeito da queda do asteróide, para serem submetidos à revisões de 41 cientistas de 12 países e o resultado de tal empreitada foi que a maioria concorda com a queda desta rocha gigante no fim do Cretáceo.

Segundo o que foi publicado nesta sexta-feira na revista Science, há muitas evidências provando o impacto, entre elas a cratera de Chicxulub, com cerca de 200 quilômetros de diâmetro, que seria o local do impacto, na península de Yucatán, no México.

O meteorito teria cerca de 10 mil metros de diâmetro, pouco maior que o Monte Everest, a montanha mais alta do planeta. Atingiu o planeta com uma velocidade de cerca de 20 quilômetros por segundo, aproximadamente 7.200 quilômetros por hora, causando a liberação de poeira, gases tóxicos, cinzas, fumaça, fuligem e carboneto, o que bloqueou o sol e resfriou a biosfera.
O excesso de enxofre que foi liberado causou chuvas ácidas na terra e nos oceanos, prejudicando fauna e flora dos dois ecossistemas.
Segundo Tim Bralower, um geólogo marinho da Universidade de Penn, os tsunamis que ocorreram eram monstruosos e provavelmente afetaram o fundo do mar e seus habitantes.
Outros efeitos foram incêndios e tremores de terra de forte intensidade, além obviamente da extinção de pelo menos 70% da vida terrestre.

A evidência mais importante para a teoria da queda de um meteorito é uma camada de argila rica em irídio, encontrada na divisa entre o Cretáceo e o Terciário pelo geofísico Luiz Alverez.
Segundo alguns estudos, a crosta terrestre tem muito pouca quantidade de irídio e por outro lado este mesmo elemento é encontrado em abundância em asteróides, cometas e afins. Na mesma camada de argila há uma falta de fósseis de qualquer tipo em uma faixa de 1 metro, provavelmente porque os corpos foram pulverizados pelo impacto.
Em qualquer lugar do mundo com rochas do final do Cretáceo e início do Terciário é possível notar a presença de irídio, o que prova que isso é um fenômeno global.

"Combinando todos os dados disponíveis de diferentes disciplinas científicas nos levam a concluir que o impacto de um asteróide há 65 milhões de anos no que hoje é o México foi a principal causa de extinções massivas", disse Peter Schulte, que liderou o estudo.
Ao amanhecer de uma nova era, novas criaturas reinam
© Keiji Terakoshi

De acordo com ele, apesar das provas, dificilmente a discussão sobre o desaparecimento dos animais será interrompida pelo resultado dessa revisão. Além disso ele afirma que é isso que faz da ciência o que é hoje. Não podemos acreditar em verdade absoluta porque novos estudos podem fazer tudo mudar a partir de novas evidências antes indisponíveis.

Leia mais: http://ikessauro.blogspot.com/2010/03/asteroide-gigante-realmente-foi-o.html#ixzz0hRYOxGie

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