domingo, 9 de agosto de 2009

Membros e suas adptaçoes

Diferentes tipos de dinossauros apresentavam diferentes tipos de membros. Esses membros desempenhavam variadas funções para esses animais.
As mais importantes delas eram, sem dúvida, a sustentação e a locomoção. Como qualquer outro vertebrado terrestre o dinossauros precisavam se sustentar e se locomover. Levando-se em consideração que muitos dinossauros pesavam várias toneladas, essas tarefas eram especialmente complexas.
Os mais pesados entre todos os animais terrestres eram os saurópodes. Algumas espécies chegavam a mais de 100 toneladas. As pernas desses animais, para sustentar tamanha massa eram especialmente fortes e maciças. Semelhantes a patas de elefantes, funcionavam como pilares de sustentação. Infelizmente o reforço para agüentar a massa sacrificou a flexibilidade, o que impossibilitava esses animais de andar muito rápido. Os saurópodes tinham passadas lentas e pesadas.
Mas os membros não serviam apenas para caminhar. Nas patas dianteiras os saurópodes possuíam garras modificadas que poderiam ser usadas como arma caso fosse atacados.
Entre os estegossauros, os membros dianteiros eram especialmente adaptados para rápidos giros e viradas. Acontece que a principal arma desses dinossauros era a cauda espinhenta. Para que ela funcionasse era necessário que o estego fosse capaz de apontá-la para o inimigo. Para isso ele deveria virar rapidamente de costas para o predador. Muitos predadores já estavam acostumados a essa tática e tentavam virar até alcançar a cabeça do animal. O estegossauro precisava girar insistentemente, para manter a ponta da sua principal arma na direção certa para o golpe. A natureza o dotou de potentes músculos deltóides, úteis para essa tarefa.
Entre os mais primitivos anquilossauros, a tática usada para proteção era abaixar-se e ficar imóvel, com a pesada armadura à mostra, protegendo o dorso do animal. Os anquilossauros tinham membros levemente curvados para dentro, como os bulldogs dos desenhos animados, próprios para que o animal pudesse ficar na posição de defesa sem deixar nenhum dos membros à vista, que poderiam ser atacados pelo predador na tentativa de virá-lo de barriga para cima.
Os ceratopsianos tinham pernas curtas, mas excepcionalmente fortes. Com elas eles poderiam correr rápido em caso de perigo.
Os terizinossauros tinham os mais fortes braços entre todos os dinossauros. Com deltóides e bíceps bem-desenvolvidos, os terizinos eram capazes de desferir poderosos golpes. Suas garras enormes em formato de foice tornavam o ataque ainda mais devastador. Um terizino poderia facilmente rasgar o abdome de um predador com um único golpe.
Os iguanodontes e hadrossauros tinham membros especializados que permitiam-lhes andar sobre 2 ou 4 patas. As patas dianteiras tinham dedos em forma de casco, que poderiam ser usados tanto pra caminhar como para arrancar folhas das árvores. Entre os iguanodontes havia ainda uma surpresa para os inimigos: um polegar modificado em uma garra pontiaguda. O iguanodonte também tinha músculos poderosos nos membros dianteiros, o que lhe conferia grande força em um golpe.
Entre os pequenos celurossauros, os braços ágeis poderiam ser úteis para apanhar pequenas presas. Entre os ornitomimossauros e oviraptorssauros as garras curvas eram especialmente desenhadas para auxiliar a pegar ovos sem deixá-los cair no chão. As pernas traseiras muito longas eram úteis para grande velocidade.
Alguns celurossauros desenvolveram braços diferenciados, que podiam se abrir mais que os de quaisquer outros, proporcionando um movimento semelhante ao de bater de asas. Em algumas espécies corredoras tais braços eram úteis para ajudar na estabilidade do animal. Alguns dinossauros ainda desenvolveram garras curvas excelentes para escalar troncos e galhos. Esses animais eram essencialmente arborícolas. Para saltar de um galho para o outro eles utilizavam seus braços repletos de penas num movimento de batimento, para aumentar a distância do salto. É possível que animais como esses podem ser sido os precursores das primeiras aves.
Predadores como raptores tinham braços longos munidos de garras poderosas. Eles utilizavam esses braços para se agarrarem a uma grande presa pelas laterais do tronco, enquanto as garras em formato de foice dos pés chutavam o animal para abrir-lhe o abdome e expor suas entranhas.
Os espinossauros também apresentavam braços longos com garras, mas provavelmente os usavam para apanhar grandes peixes nas margens de lagos e pântanos onde viviam. Podem ter usado também para golpear e matar presas grandes e há até quem acredite que os espinossauros poderiam também usar seus longos braços para caminhar em 4 patas, como faziam os iguanodontes e hadrossauros.
Animais como os carnossauros tinham braços não muito longos com 3 dedos em cada mão. Esses membros eram usados para segurar presas durante o ataque. Mas em alguns carnívoros maiores, como tiranossauros, o membros eram tão pequenos que praticamente não tinham função importante. Esses membros eram fracos demais para segurar uma presa e mal se tocavam. Recentemente alguns cientistas propuseram que talvez os braços curtos fossem instrumentos de excitação sexual. As fêmeas dos tiranossauros eram maiores que os machos e bem mais agressivas. Talvez os machos, para acalmar os ânimos das ferozes companheiras esfregassem seus bracinhos curtos em zonas erógenas especiais, localizadas na região dorsal, próxima da bacia. Essas regiões poderiam proporcionar prazer à fêmeas, tornando-as mais dóceis e mais fáceis de se lidar.

sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Jurassic Park operation genesis: Especies

Jurassic Park Operation Genesis: Espécies!

Oi galera, desta vez eu estou trazendo a lista completa das espécies que originalmente fazem parte do game Jurassic Park Operation Genesis (JPOG). Hoje com as modificações é possível inserir espécies diversas, mas nesta postagem apenas as espécies originais do game serão abordadas. Abaixo você confere todas as espécies, divididas nas categorias do game por tamanho crescente, desde pequenos herbívoros até os grandes carnívoros.
Cada espécie contará com os dados básicos, entre eles o sítio onde é escavado, tempo de vida, segurança e uma descrição.
TEXTOS E IMAGENS POR RENATO FERREIRA.

Pequenos Herbívoros

Dryosaurus
Sítio de origem: Morrison Formation A
Tempo de vida: 5 anos com DNA completo (100%).
Segurança Requerida: Mínima ou Nula
Descrição: O menor animal presente no Jurassic Park , o Dryosaurus é um animal que vive em grandes grupos de até 20 individuos e por serem tão pequenos podem ficar soltos junto aos visitantes sem apresentar o menor perigo . Lembrem-se de deixar muita água e comida a sua disposição pois é um animal muito frágil e fica desnutrido com muita facilidade.


Styracosaurus
Sítio de origem: Judith River B
Tempo de Vida: 5 anos com DNA completo (100%).
Segurança Requerida: Mínima
Descrição: São pequenos Ceratopsideos , os menores do Jurassic Park seus melhores amigos são os Torosaurus . Esses animais podem atacar predadores como os Raptors , Albertosaurus, Dilophosaurus e Ceratosaurus. Costumam conviver em grupos de 15 à 20 individuos e com outras espécies como Torosaurus e Triceratops.


Gallimimus
Sítio de origem: Flamming Cliffs
Tempo de Vida: 5 anos com DNA completo (100%).
Segurança Requerida: Mínima
Descrição: São os animais que mais correm no Jurassic Park sua vida se passa em corridas , andam em grandes grupos de até 30 individuos. São presas dos Maiores predadores do Jurassic Park como o Tyrannosaurus e o Spinosaurus.

Homalocephale
Sítio de origem: Flamming Cliffs
Tempo de Vida: 4 anos com DNA completo (100%).
Segurança Requerida: Mínima
Descrição: São animais muito pacíficos e que não causam transtornos assim como os Dryosaurus podem ficar soltos perto dos visitantes sem causar perigo , vivem em grupos médios de até 20 individuos e seus melhores amigos são os Pachycefalosaurus.


Kentrosaurus
Sítio de origem: Tendaguru Beds
Tempo de Vida: 4 anos com DNA completo (100%).
Segurança Requerida : Mínima
Descrição: são os melhores amigos dos Stegosaurus e assim como eles tem os espigões para defesa na cauda são muito assustados podendo entrar em pânico facilmente perto dos grandes Herbívoros com exceção dos Estegosaurus.


Pachycephalosaurus
Sítio de origem: Judith River A, Hell Creek B
Tempo de Vida: 4 anos com DNA completo (100%).
Segurança Requerida: Mínima
Descrição: São animais conhecidos por sua defesa diferente: as cabeçadas e para isso possuem o crânio bastante duro e podem abater carnívoros como os Albertosaurus e Ceratosaurus . Seus melhores amigos são os Homalocephales.


Grandes Herbívoros
Ankylosaurus
Sítio de origem: Judith River A.
Tempo de vida: 5 anos com DNA completo (100%).
Segurança requerida: Média.
Descrição: São os Herbívoros mais implicantes do Jurassic Park não suportando o convívio de qualquer animal que não seja de sua espécie. São animais muito fortes podendo facilmente nocautear um Tyrannosaurus que o ataca.


Brachiosaurus
Sítio de origem: Morrison Formation B, Tendaguru Beds.
Tempo de Vida: 5 anos com DNA completo (100%).
Segurança Requerida: Mínima.
Descrição: É o Maior animal presente no Jurassic Park, são muito calmos e tranqüilos. Costumam se adaptar bem ao convívio com qualquer outro herbívoro e em especial os Camarassauros. Por serem tão grandes os Brachiosaurus não necessitam temer ataque de predadores.


Camarasaurus
Sítio de origem: Morrison Formation B
Tempo de Vida: 5 Anos com DNA completo (100%).
Segurança Requerida: Mínima
Descrição: O Segundo maior animal presente no Jurassic Park, Os Camarassauros são menos adaptáveis que os seus amigos Brachiosaurus, não suportam o convívio de Hadrosaurus e Pachycefalosaurus. Tecnicamente se adaptam ao convívio com as espécies anteriormente citadas, mas se estressam facilmente ao lado destes animais.


Corythosaurus
Sítio de origem: Judith River B.
Tempo de Vida: 4 anos com DNA completo (100%).
Segurança Requerida: Mínima
Descrição: é um animal da família dos bicos-de-pato e necessitam a vida em manada para sua felicidade. Não causam muitos problemas em seu parque e seus melhores amigos são os Edmontosaurus.
Stegosaurus
Sítio de origem: Morrison Formation A.
Tempo de Vida: 4 anos com DNA completo (100%).
Segurança Requerida: Média
Descrição: O estegosaurus é um animal muito gentil encontrado no Jurassic Park, apesar de ser gentil pode defender seu território atacando os carnívoros com os 4 espigões presentes em sua cauda, seus melhores amigos são os Kentrosaurus.


Edmontosaurus
Sítio de origem: Hell Creek B
Tempo de vida: 6 anos com DNA completo (100%).
Segurança Requerida: Mínima
Descrição: os Edmontosaurus são animais de manada e necessitam de um bando grande para a sua felicidade , nesse bando podem ser incluídas outras espécies de Bicos-de-Pato como os Parassauros e Corythosaurus.


Ouranosaurus
Sítio de origem: Chenini Formation
Tempo de Vida: 3 anos com DNA completo (100%).
Segurança Requerida: Mínima
Descrição: são da família dos bicos de pato e assim como os outros desse grupo são gentis e não causam problemas são as presas do Espinosaurus e Carcharodontosaurus.

Parasaurolophus
Sítio de origem: Hell Creek A
Tempo de Vida: 4 anos com DNA completo (100%).
Segurança Requerida: Mínima
Descrição: Assim como os outros Bicos-de-Pato não causam problemas muito grandes seus melhores amigos são os Edmontosaurus e vivem em grandes manadas.


Torosaurus
Sítio de origem: Hell Creek A
Tempo de Vida: 5 anos com DNA completo (100%).
Segurança Requerida: Média
Descrição: O segundo maior Ceratopsideo do Jurassic park sendo um pouco menor que o Triceratóps, vive em grupos médios com até 20 membros incluindo os Styracosaurus e Triceratóps em seus grupos.


Triceratóps
Sítio de origem: Hell Creek B
Tempo de Vida: 5 anos com DNA completo (100%).
Segurança Requerida: Média
Descrição: O maior Ceratopsideo do Jurassic Park é o único herbívoro que briga frente a frente com o tyrannosaurus , assim como os outros ceratopsideos vivem em grupos médios com 20 ou mais membros incluindo outros ceratopsideos como os Styracosaurus e Torosaurus.


Pequenos Carnívoros
Ceratosaurus
Sítio de origem: Morrison Formation A
Tempo de vida: 4 anos com DNA completo (100%).
Presa favorita: Dryosaurus
Segurança requerida: mínima
Descrição: É o segundo maior animal na categoria de Pequenos Carnívoros, são muito pacíficos aceitando outros carnívoros em seu território . Porém se lhe é negada comida este animal apela para o canibalismo.


Dilophosaurus
Sítio de origem: Morrison Formation B
Tempo de vida: 5 anos com DNA completo (100%).
Presa Favorita: Dryosaurus
Segurança Requerida: Mínima
Descrição: O Menor animal na categoria de pequenos Carnívoros, nem por isso deixa de ser um caçador competente podendo abater mais presas que os Raptors , Ceratosaurus e Albertosaurus. Sua arma não está na força física mas sim em uma arma secreta , o Dilophosaurus produz uma substancia que paralisa a presa enquanto ele faz a festa.


Velociraptor
Sítio de origem: Flamming Cliffs
Tempo de Vida: 3 anos com DNA completo (100%).
Segurança Requerida: Máxima
Descrição: São os maiores predadores do Jurassic Park , não pelo seu tamanho mas pela sua ferocidade caçam todas as espécies de Herbívoros e o que os faz tão bem sucedidos é que caçam em bando.


Albertosaurus
Sítio de origem: Judith River A
Tempo de Vida: 4 anos com DNA completo (100%).
Segurança Requerida: Mínima
Presa Favorita: Parasaurolophus
Descrição: É o maior animal na categoria de Pequenos Carnívoros, o Albertosaurus é um animal extremamente adaptável e sociável , estes animais podem conviver normalmente com Ceratosaurus em seu território, ao contrario dos Raptors que abatem muitas presas por caçada , os Albertosaurus abatem apenas 1 ou 2 presas por ataque.



Grandes Carnívoros
Acrocanthosaurus
Sítio de origem: Hell Creek A
Tempo de Vida: 4 anos com DNA completo (100%).
Segurança requerida: Máxima
Presa Favorita: Parasaurolophus
Descrição: O Acrocanthosaurus é um carnívoro muito tranqüilo e sociável podendo viver em grupo e aceitando outros animais em seu território, adora caçar os grandes hadrosaurus, principalmente se eles estiverem perto da água ou em seu recinto.


Allosaurus
Sítio de origem: Tendaguru Beds
Tempo de Vida: 5 anos com DNA completo (100%).
Segurança Requerida: Máxima
Presa Favorita: Dryosaurus
Descrição: É o menor animal na categoria de Grandes Carnívoros, O Allosaurus é um animal bastante sociável podendo viver em grupos de 5 à 7 membros. Podem Matar qualquer animal com exceção dos Brachiosaurus e os outros Grandes Carnívoros. O Allosaurus é o mais “calmo” dos Grandes Carnívoros.


Carcharadontosaurus
Sítio de origem: Chenini Formation
Tempo de vida: 5 anos com DNA completo (100%).
Presa favorita: Ouranosaurus
Segurança requerida: Alta
Descrição: É o segundo maior animal carnívoro do Jurassic Park perdendo apenas para o Spinosaurus, por maior que seja seu tamanho o Carcharadontosaurus é um animal tranqüilo suportando a presença de outros carnívoros em seu território.


Spinosaurus
Sítio de origem: Chenini Formation
Tempo de Vida: 4 anos com DNA completo (100%).
Segurança requerida: Máxima
Descrição: O Espinosaurus é o maior carnívoro no Jurassic Park , costuma ser muito agressivo defendendo seu território a qualquer custo , seu único rival em Força é o Tyrannosaurus Rex com qual ele trava duelos pelo território podendo levar a morte de um desses animais, é um animal solitário e pode caçar e matar qualquer animal que invada o seu território.


Tyrannosaurus Rex
Sítio de origem: Judith River B
Tempo de Vida: 5 anos com DNA completo (100%).
Segurança Requerida: Maxima
Descrição: é o animal mais famoso do Jurassic Park e o segundo maior predador em força podendo atacar qualquer animal do parque com exceção do Brachiosaurus e o único animal que pode destronar ele é o Espinossauro com qual ele trava duelos por território até a morte.

TEXTOS E IMAGENS POR RENATO FERREIRA.

Espinhas altas dos dinossauros

Barbatanas dos Dinossauros

Alguns dinossauros desenvolveram ao longo de sua coluna dorsal vértebras extremamente alongadas (como pode ser visto na figura do esqueleto abaixo), que até hoje intrigam os cientistas. Muitos ainda discutem se essas vértebras se projetavam como enormes espinhos para intimidação ou se sustentavam grandes estruturas semelhantes a barbatanas.

Não foram só os dinossauros que apresentavam essas característica. Durante o período Permiano répteis conhecidos como pelicossauros também apresentavam tal característica. Entre os mais famosos está o Dimetrodon (abaixo). A maioria dos paleontólogos acredita que essas vértebras realmente sustentavam uma grande barbatana. O problema era entender o porquê dessa estrutura.

No caso do Dimetrodon e de outros répteis desse período a explicação mais aceita é a de que essas barbatanas funcionavam como uma estrutura de troca de calor. O final do Permiano é marcado por um clima mais seco e de mudanças bruscas de temperatura. É possivel que esses répteis tenham desenvolvido mecanismos extras para poder controlar a temperatura corporal. Sabe-se que haviam muitos vasos sangüíneos passando por esse local (impressões fósseis de vasos são tidas como prova da teoria da barbatana). Quando o animal sentia muito calor, virada a barbatana na direção do vento. O sangue, mais fresco, corriam para o resto do corpo, resfriando-o. Quando precisava aquecer-se o animal virava a barbatana na direção do sol, para que o sangue nas barbatanas captasse o calor e aquecesse o resto do corpo.

Entre os dinossauros a situação é ainda mais interessante. Já foram descobertos pelos menos 12 gêneros de dinossauros que apresentavam essa característica, entre eles saurópodes, ornitópodes e terópodes. O tamanho e comprimento dessas barbatanas variavam conforme a espécie.

Carnossauros europeus como o Metriacanthosaurus , Altispinax e Becklespinax, apresentavam barbatanas baixas que cobriam apenas o dorso.

Já o Acrocanthosaurus norte-americano (ao lado), apesar de também possuir uma barbatana baixa, esta se estendia da nuca até a metade da cauda.

O ornitópode Ouranosaurus (ao lado),um parente do Iguanodon, também apresentava uma barbatana, só que mais alta e desenvolvida.

Entre os saurópodes, pode-se destacar o Rebbachisaurus, com uma barbatana baixa dorsal e o Amargasaurus argentino (ao lado), com duas fileiras de espinhos que partiam da nuca e formavam duas grandes barbatanas cervicais e se estendiam até o dorso, onde se "fundiam" em uma única fileira que terminava quase na ponta da cauda

.

Recentes descobertas feitas nos EUA apontam um enorme predador Jurássico, bastante semelhante ao Allosaurus batizado de Saurophaganax . Com estimados 14 m de comprimento este foi um dos maiores carnívoros que já existiram. Também possuía vértebras alongadas, o que indica uma barbatana baixa ao longo do dorso.

Entre os estranhos terópodes do grupo dos espinossaurídeos também existem casos de espécies com barbatanas. O recém-descoberto Suchomimus (ao lado) tinha vértebras alongadas e uma barbatana que começava na altura dos ombros e terminava no início da cauda. Seu ponto mais alto, com cerca de 50 cm localizava-se na região da pélvis.

Mas com certeza o mais impressionante dinossauro de barbatana foi o Spinosaurus (abaixo). Esse gigantesco espinossaurídeo com estimados 15 a 17,2 m de comprimento tinha a maior barbatana de todos, que atingia cerca de 1,8 m no ponto mais alto.

A grande questão é: para que servia a barbatana nesses dinossauros tão diversos?

Apesar da verdadeira resposta ainda não ser conhecida, alguns paleontólogos especulam sua utilidade. Como essas estrutura está presente em dinossauros de grupos tão variados, eles precisaram analisar outros fatores que pudessem colocá-los em um ponto comum. Nessa análise eles perceberam dois pontos em comum entre todos os dinossauros de barbatanas: o local onde viveram e a época em que viveram. Mas será que essas descobertas podem ajudar a solucionar o problema?

Até onde sabemos todos os dinossauros desse grupo viveram num determinado ponto da Era Mesozóica. Com excessão do Metriacanthosaurus e do Saurophaganax que são conhecidos do final do Jurássico, há cerca de 150 milhões de anos, todos os outros dinossauros de barbatana viveram no início e médio Cretáceo, entre 120 e 90 milhões de anos. Outro ponto interessante foi sua localização. Todos viveram em regiões próximas ao Equador.

Mas você deve estar se perguntando: o Acrocanthosaurus e o Saurophaganax viveram na América do Norte e o Metriacanthosaurus, Altispinax e Becklespinax viveram na Europa, que estão bem distantes do Equador, qual a relação? Acontece que entre o final do Jurássico e o início do Cretáceo essas regiões estavam mais ao sul, numa área que hoje conhecemos como região equatorial.

Sabe-se que esse período de transição entre o Jurássico e Cretáceo foi repleto de mudanças importantes. Os continentes estavam se dividindo, o clima estava mudando. E a área onde essas criaturas viviam estava no centro das mudanças.

Entendendo essas mudanças alguns paleontólogos acreditam que nesse período as temperaturas poderiam variar muito durante o dia. Assim é possível que essas enormes barbatanas, tais quais ocorria com o antigo Dimetrodon, servissem como uma estrutura de irradiação de calor. Os animais poderiam utilizá-las tanto para absorver calor como para dissipar o excesso. Mas alguns paleontólogos acreditam que isso é um ultrage, pois defendem a teoria dos dinossauros como homeotérmicos e, para eles, admitir algo assim seria como aceitar o fato dos dinossauros serem de "sangue frio".

Talvez isso seja um tanto exagerado. Sabemos que existem muitos homeotérmicos que utilizam meios extras de captar, dissipar ou manter calor em seus corpos. Algumas aves, como abutres, antes do vôo costumam abrir suas asas para absorver mais calor. Elefantes - africanos têm enormes orelhas que ajudam a dissipar o calor. Morsas possuem gordura acumulada para, entre outras coisas, manterem seus corpos protegidos do frio, mantendo o calor interno. Sendo assim é perfeitamente possível que os dinossauros desse período tivessem mecanismos extras para ajudar no controle de temperatura corporal sem, necessariamente, serem de "sangue frio".

Outra idéia para essas barbatanas está diretamente relacionada à uma questão comportamental. Acredita-se que podem ter funcionado também como estruturas de exibição. Alguns ainda se arriscam a afirmar que as mesmas possuíam estruturas pigmentares, semelhantes a cromatóforos que, quando estimuladas poderiam produzir cores vibrantes, tornando a barbatana bem visível e chamativa. Talvez os machos tivessem as barbatanas maiores e mais coloridas, para atrair fêmeas para o acasalamento. Também poderiam ser usadas para afastar competidores sexuais e inimigos naturais, como predadores. Pode ainda ter sido usada para indicar status no grupo, idade e até ter servido como uma "identidade" (nesse caso cada animal poderia ter uma padronagem diferente). É possível ainda que, como ocorre em polvos e lulas, conforme o estado emocional do animal (medo, agressão, irritabilidade...), a barbatana mudasse de cor, servindo assim como um "termostato emocional".

Existem ainda alguns especialistas que não acreditam que houvesse uma barbatana. Para eles as vértebras alongadas não eram entremeadas por pele mas sim ficavam soltas, dando ao animal uma aparência de porco-espinho, o que seria útil para intimidação. Mais recentemente ainda alguns especialistas propuseram que na verdade essas vértebras sustentariam grandes músculos, e que na verdade esses animais teriam grandes corcovas, como as dos camelos e bisões. Essas corcovas poderiam ser usadas para acúmulo de gordura para o caso de secas e faltas de alimentos.

Blindagem dos dinos

A Blidagem dos dinossauros
Ao longo de milhões de anos dinossauros carnívoros e herbívoros participaram de uma verdadeira "corrida armamentista", onde cada um dos lados evoluía para ser mais eficiente. De um lado, os predadores desenvolviam garras e mandíbulas letais, além de pernas adaptadas para velocidade, tudo para aumentar sua efetividade na caça.
Do outro lado, os herbívoros tinham que desenvolver defesas cada vez mais eficientes para lhes dar alguma chance contra os ataques dos inimigos. Todas as formas de defesa já haviam sido utilizadas: velocidade, tamanho avantajado... Mas ainda no período Jurássico alguns dinossauros vegetarianos passaram a utilizar uma nova e bastante eficaz tática para rechaçar os predadores vorazes.
Pequenos herbívoros como o Scutellosaurus e o Scelidosaurus passaram a apresentar nódulos ósseos muito rígidos cobrindo seus dorsos. A disposição dessas estruturas formava uma espécie de carapaça, que tornava essa região, que era normalmente a mais exposta e a que os carnívoros primeiro atacavam, muito rígida. Esses animais são os primeiros dinossauros com armadura do mundo.
Quando os inimigos atacavam, primeiramente mordiam o lombo e é provável que acabassem com alguns dentes quebrados. Uma presa dura como essa não deveriam valer a pena. Assim o caçador acabava desistindo. Mas alguns carnívoros eram mais obstinados e logo passaram a desenvolver novas maneiras de atacá-los sem correr tanto risco. Os herbívoros novamente precisaram mudar e, para isso, precisavam aperfeiçoar suas carapaças.
No médio Jurássico apareceu um novo e estranho grupo de dinossauros herbívoros. São os estegossauros. Esses grandes herbívoros de algumas toneladas eram caracterizados por apresentar uma série dorsal de placas ósseas que se estendiam por duas fileiras ao longo do mesmo. O formato, a disposição e o tamanho das placas variavam conforme a espécie. Apesar de inicialmente os cientistas acreditarem que tais placas funcionavam como meio de defesa contra mordidas de carnívoros, hoje sabemos que elas não funcionavam assim. Apesar de feitas de osso sólido, não ficaram presas ao esqueleto, mas apenas se inseriam na pele grossa desses animais. Um carnívoro poderia facilmente arrancá-las.
Os paleontólogos modernos acreditam que na verdade essas placas, entre outras funções,serviam como um instrumento de intimidação (para saber sobre outras prováveis funções das placas dos estegossauros, visite as seções SANGUE QUENTE OU FRIO? e REPRODUÇÃO). Estudos aprofundados mostraram que havia uma grande quantidade de vasos sanguíneos passando nessas placas. É possível que as mesmas possuíssem estruturas pigmentares que, quando devidamente estimuladas pela passagem do sangue, poderiam mudar a cor externa da placa.
Podemos imaginar um estegossauro sendo ameaçado por um predador. A tensão fariam com que o sangue aumentassem sua pressão e estimulasse essas estruturas pigmentares, provocando uma grande mudança na coloração das placas, tornando-as muitos mais chamativas e coloridas. Essa característica faria o gentil vegetariano parecer muito mais imponente, feroz e, conseqüentemente, perigoso.
O predador pensaria duas vezes antes de atacá-lo. Mas, e se a intimidação não fosse o suficiente? O que fazer? Os estegossauros ainda tinham uma segunda carta na manga. Além das placas eles possuíam na cauda e, às vezes nos flancos, longos e afiados espigões, capazes de provocar graves ferimentos nos carnívoros. A cauda era a verdadeira arma desses animais.
Sabemos que apesar do minúsculo cérebro, os estegossauros tinham um enorme centro nervoso na região da pélvis, cuja principal função era coordenar de maneira impecável os movimentos das patas traseiras e da cauda. Os estegossauros ainda possuíam músculos dos ombros muito desenvolvidos, para rápidos movimentos laterais. Assim eram animais capazes de se virar rapidamente para apontar sua pontuda cauda para o inimigo e podiam manejá-la com precisão e força. Um golpe certeiro de cauda poderia até matar um predador, caso atingisse seu pescoço ou estômago.
Apesar do grande sucesso ao longo do Jurássico, ao final desse mesmo período os estegossauros começaram a desaparecer. Novos tipos de vegetais mais rígidos substituíam aos poucos as plantas macias das quais se alimentavam.
Para ocupar seu lugar um novo e mais aperfeiçoado grupo de dinossauros apareceu, os anquilossauros. Os primeiros anquilossauros, conhecidos como nodossaurídeos, tinham enormes e pesadas armaduras ósseas cobrindo seu dorso. Sua aparência provavelmente lembrava a de gigantescos tatus. Além das armaduras apresentavam longos e afiados espigões na região dorsal e também nas laterais do corpo.
A única parte vulnerável de um nodossaurídeo era sua barriga, totalmente desprotegida. A única maneira de matar um animal desses seria virá-lo de barriga para cima e atacar seu ventre. Alguns paleontólogos acreditam que, quando ameaçado, o nodossaurídeo encolhia suas pernas e deitava-se no solo, deixando apenas o dorso blindado repleto de espigões à mostra. Por ser muito pesado e pela ameaça dos espigões, um nodossaurídeo dificilmente seriam virado pelo predador. Este acabaria desistindo do ataque.
Ao final do Cretáceo os anquilossauros evoluíram ainda mais seu armamento e desenvolveram novas técnicas para defender-se dos ataques. Os novos anquilossauros, conhecidos como anquilossaurídeos, tinham armaduras ainda mais rígidas, que recobriam até mesmo suas cabeças. Mas seus espigões eram proporcionalmente menores. Para substituí-los esses animais desenvolveram uma cauda poderosa, armada com uma maça óssea na ponta, que funcionava como um porrete. Diferente de seus ancestrais que apenas se abaixavam e esperavam o predador desistir, os anquilossaurídeos, quando ameaçados, partiam para o ataque. Sua cauda poderosa podia desferir golpes capazes de quebrar pernas e costelas de grandes predadores como tiranossauros, aleijando-os ou até matando-os.
Apesar de serem os dinossauros blindados mais conhecidos, estegossauros e anquilossauros não foram os únicos a apresentar carapaças para defesa. Alguns saurópodes, como o Saltasaurus e o Hypselosaurus também tinham ao longo do dorso nódulos ósseos rígidos, capazes de proteger seus dorsos dos dentes dos predadores.
Sabe-se que até mesmo alguns dinossauros carnívoros também tinham proteção. Uma rara amostra de pele fossilizada encontrada na Argentina sugere que o carnívoro Carnotaurus tinha um tipo de carapaça que cobria seus dorso. Talvez servisse de proteção contra predadores maiores ou durante combates com membros de sua própria espécie.

Os sons dos dinossauros

Sons dos Dinossauros
A vocalização dos dinossauros ainda permanece como mistério para os especialistas. Afinal eles estão mortos e um morto não emite sons.
Estudos dos crânios podem trazer à tona algumas pistas mas não resolvem o problema.
Por exemplo, a existência de grandes câmaras ocas na cabeça, chamadas Câmaras de Ressonância podem indicar como o ar passava por entre elas e nesse caso, pode dar uma noção do tipo de som que seriam produzido.
Sabemos que, por exemplo, os dinossauros conhecidos como bico-de-pato, ou hadrossauros, apresentavam em seus crânios grandes câmaras ocas, repletas de septos que podem ter funcionado como câmaras de ressonância. Em algumas espécies essas câmaras eram aumentadas graças à enormes e exuberantes cristas ocas, cujo formato variava de acordo com a espécie.
Os especialistas acreditam que essas cristas funcionavam como amplificadores das câmaras cranianas e que cada espécie produzia um tipo de som diferente.
Como nos animais atuais, os sons podem ter sido importantes para os dinossauros em diversos aspectos de sua vida. Os sons podem servir como importantes meios de comunicação. Podem ser usados para indicar a localização, chamar companheiros, pedir ajuda, atrair parceiros sexuais, afastar rivais e predadores, demonstrar o estado de humor, etc.
Recentemente um paleontólogo resolveu construir modelos detalhados das cristas de uma macho e uma fêmea Parasaurolophus. Com a ajuda de programas de computador ele acredita que chegou bem próximo ao real som de chamado desses animais. O que ele conseguiu foi algo parecido com um enorme trompete. Ele percebeu que no caso do macho os sons eram mais altos e agudos, ocasionados por sua crista mais longa e reta. Nas fêmeas o som era mais baixo e grave, produzido por cristas mais curtas e curvadas.
É bem provável que esse não era o único som que tais animais faziam. Com grandes câmaras de ressonância poderiam ter uma ampla gama de sons.
Os dinossauros saurópodes também exibiam grandes câmaras de ressonância. É possível que emitissem sons baixos, como roncos, mas também sons mais altos. Alguns cientistas acreditam ainda que poderiam emitir sons semelhantes a cantos, como fazem hoje os cetáceos.
Entre os ceratopsianos, acredita-se que a maioria dos sons se compunham de roncos baixos, mas podem ter produzido sons mais altos, como grandes mugidos. É mais provável que esses animais não dessem tanta importância à comunicação sonora. Os ceratopsianos eram criaturas mais visuais.
Com relação aos estegossauros e anquilossauros, quase não há estudos sobre isso. Mas muitos imaginam que eles roncassem como hipopótamos e grandes porcos.
Entre os pequenos celurossauros, ornitomimossauros e oviraptorssauros é possível que emitissem chiados e piados, semelhantes a pássaros.
No caso dos raptores rosnados e chiados como de aves de rapina podem ser sido os sons padrão da espécie.
Entre os grandes carnívoros, como o Tyrannosaurus, Giganotosaurus e Spinosaurus costumamos imaginá-los rugindo alto, estremecendo a selva como grandes trovões. Mas na verdade não fazemos a mínima idéia de qual som faziam. Podem ter realmente rugido, especialmente para ameaçar rivais ou espantar predadores menores, a fim de roubar-lhes a caça.

Noticias de dinos

Noticias dos Dinossauros/ Animais pré-historico

Múmia indica dinossauro mais veloz que tiranossuro
Um hadrossauro parcialmente mumificado e descoberto por um adolescente de Dakota do Norte (EUA) pode ser o dinossauro mais completo já encontrado, com a pele intacta mostrando estrias na superfície e talvez tecido mole, disseram pesquisadores na segunda-feira.Uma porção suficiente do animal continua intacta para provar que o hadrossauro corria velozmente e que era mais musculoso do que os cientistas acreditavam."Isso é mais ou menos como uma fusão do faraó Tut como T. Rex", afirmou o paleontólogo Phil Manning, da Universidade de Manchester (Grã-Bretanha), em uma entrevista concedida por telefone.A criatura está fossilizada ¿sua pele e seus ossos transformaram-se em pedra. Mas, ao contrário da maior parte dos fósseis de dinossauro, preservaram-se os tecidos também.Isso incluiu uma grande parte da pele no animal, que mostra claramente a marcação de escamas."A sensação não é de pele real. Trata-se de uma pele fossilizada", afirmou Manning. "Mas, quando se passa a mão sobre a pele do dinossauro, isso é o mais perto que se chegará de tocar um dinossauro de verdade."O restos mortais do hadrossauro, batizado de Dakota, foram encontrados em 2000 por Tyler Lyson, então com 17 anos de idade, no rancho do tio dele no Estado de Dakota do Norte. O hadrossauro, um animal herbívoro que caminhava apoiado sobre suas pernas, viveu 67 milhões de anos atrás, durante o período cretáceo.Lyson entrou com contato com Manning. A Sociedade Geográfica Nacional, que ajudou a pagar pela expedição, levará ao ar, no domingo, um programa de TV sobre o trabalho da equipe.Manning fez com que a equipe retirasse o animal monstruoso de maneira quase intacta. Apenas a causa dele saiu dentro de um bloco em separado. O fóssil pesava perto de 4.500 quilos.Os pesquisadores conseguiram convencer a Boeing e a Nasa (agência espacial dos EUA) a usarem um enorme aparelho de tomografia computadorizada existente em Canoga Park (Califórnia) e utilizado geralmente para escanear pedaços de ônibus espaciais.O fóssil denso levou meses para ser totalmente escaneado, disse Manning. "Saberemos nos próximos dias se a cabeça dele está lá."A causa revelou algumas surpresas. A parte traseira do animal é 25 por cento maior do que se pensava anteriormente.
Cientistas encontram garra de escorpião pré-histórico gigante
Pesquisadores europeus encontraram a garra fossilizada de um escorpião do mar de 2,5 metros de comprimento em uma pedreira, na Alemanha, segundo artigo publicado na revista especializada "Biology Letters". A espécie viveu há 390 milhões de anos e foi nomeada Jaekelopterus rhenaniae. Ela teria habitado rios e pântanos.
A espécie viveu há 390 milhões de anos e foi nomeada Jaekelopterus rhenaniae Segundo os cientistas, o tamanho do escorpião sugere que outros animais, como aranhas, insetos, caranguejos e criaturas similares podem ter sido muito maiores no passado do que se pensava. Apenas a garra encontrada mede 46 cm, indicando que o dono dela seria maior do que um homem de altura média. O fóssil torna este escorpião quase 50 cm maior do que qualquer outro já encontrado anteriormente. Acredita-se que os euriptéridos são os ancestrais aquáticos, já extintos, dos modernos escorpiões e possivelmente de todos os aracnídeos. "O maior escorpião em existência mede quase 30 cm. Isso mostra o quão grande essa criatura era", disse Simon Braddy, da Universidade de Bristol, na Inglaterra, um dos autores do artigo. Markus Poschmann, co-autor, foi quem descobriu o fóssil perto de Prum, no sudoeste da Alemanha.
"Eu estava escavando pedacinhos de pedra com um martelo e um formão, quando me dei conta de que havia uma mancha negra de matéria orgânica em uma pedra recém-retirada", lembra ele. "Depois de limpá-lo, pude perceber que se tratava do pedaço de uma garra grande. Apesar de não saber se ela estaria completa, decidi continuar a escavação." "Os pedaços foram limpos separadamente, secos, e então colados. A garra foi então colocada em um molde de gesso para que fosse estabilizada." A espécie viveu durante um período em que os níveis de oxigênio na atmosfera terrestre eram muito mais altos do que os de hoje. Alguns paleontólogos dizem acreditar que essa abundância de oxigênio foi parcialmente responsável pelo tamanho de muitos invertebrados que existiam na época, como centopéias monstruosas, baratas gigantes e libélulas jumbo. Mas Braddy diz acreditar que o tamanho gigante, na verdade, estava relacionado à falta de predadores vertebrados. Quando eles surgiram, os insetos gigantes viraram presa. "Se você for grande, é mais provável que você seja visto e identificado como uma refeição gostosa", disse ele à BBC. "A evolução não seleciona os maiores; se você for pequeno, você consegue se esconder." Acredita-se que os escorpiões começaram a andar na terra há cerca de 450 milhões de anos. Enquanto alguns viraram animais terrestres, outros, como o Jaekelopterus rhenaniae, teriam mantido um estilo de vida aquático, ou semi-aquático.
Dinossauro bípede respiraria como ave mergulhadora
Os dinossauros terópodos (bípedes) tinham um sistema respiratório comparável aos das aves mergulhadoras de hoje, afirmam os autores de um estudo publicado nesta quarta-feira nos Anais da Sociedade Real britânica.Esta pesquisa realizada sob a direção do biólogo Jonathan Codd, da Universidade de Manchester, baseia-se em análises comparativas dos restos fósseis de dinossauros Maniraptora (do grupo que inclui aves e répteis semelhantes) e a anatomia das aves atuais.O estudo revelou que alguns destes pequenos dinossauros carnívoros, como o velociraptor ("ladrão veloz"), apresentavam estruturas ósseas análogas às que se observa na caixa torácica e conhecida com o nome científico de processo uncinado. Trata-se de pequenas alavancas que suspendem as laterais e o esterno (osso da parte anterior do tórax) durante a respiração.O aparelho respiratório das aves é bem diferente do que se observa entre os mamíferos. Para que os animais dispensem a enorme quantidade de energia que necessitam para voar, ele é surpreendentemente pequeno, mas de um enorme rendimento, graças à um sistema de sacos aéreos.Um fato interessante, ressaltam os cientistas, é que os processos uncinados apresentam um comprimento proporcional à forma de locomoção das diferentes aves: são curtos nas aves corredoras, intermediários nas espécies que só voam e compridas para as que também mergulham, assim como entre os dinossauros.Para os pesquisadores, a existência de uma estrutura como o processo uncinado entre os dinossauros sugere que os répteis pré-históricos dispõem de um sistema respiratório eficaz e, além disso, "sustenta a hipótese segundo a qual eles foram muito ativos e capazes de seguir rapidamente suas presas"."Um certo número de estudos já haviam mostrado que os dinossauros eram os ancestrais diretos das aves" lembram os cientistas."Nossos resultados vão no mesmo sentido", concluem Jonathan Codd e o co-autor do estudo, o paleontólogo Phil Manning. "Eles mostram que as semelhanças se estendem às estruturas respiratórias e que estes dinossauros respiram como as aves, com a ajuda de sacos aéreos".
Descoberta nova espécie de dinossauro gigante
Um grupo de paleontólogos brasileiros e argentinos apresentou nesta segunda-feira o mais completo esqueleto de uma nova espécie de dinossauro gigante, da linhagem dos titanossauros.

O Futalognkosaurus dukei, um herbívoro que viveu na região correspondente ao norte da Patagônia há cerca de 80 milhões de anos, tinha entre 32 e 34 metros, tamanho semelhante ao do Cristo Redentor. O nome dele compõe-se de uma parte inspirada na língua indígena mapuche que significa "o chefe gigante dos lagartos", e de uma referência à empresa de energia norte-americana Duke Energy Corp, que patrocinou as escavações.
Segundo o paleontólogo argentino Juan Porfiri, 70% do fóssil estavam preservados, uma cifra significativa diante da marca de cerca de 10% relativa ao que se conseguiu encontrar de outros esqueletos de dinossauros no mundo. "Trata-se de uma nova espécie, de um novo grupo", afirmou.
Alexandre Kellner, pesquisador do Museu Nacional no Rio de Janeiro, informou que "temos todas as vértebras entre a primeira do pescoço e a primeira da cauda, o que poderá nos permitir reavaliar outros dinossauros". Kellner afirmou que foram encontrado um acúmulo de fósseis de peixes e de folhas, bem como os restos de outros dinossauros no local da descoberta. "É bastante raro encontrar os dinossauros e as folhas juntas. Isso nos deixou muito contentes", afirmou.
Os pesquisadores disseram que a carcaça do gigantesco dinossauro, morto por causas desconhecidas e que teve sua carne devorada por predadores, acabou sendo levada para um rio de correntezas mansas existente nas proximidades. Ali, o esqueleto transformou-se em uma espécie de obstáculo, acumulando ossos e folhas em sua estrutura durante vários anos antes de fossilizar-se.

Britânico diz ter encontrado pegada de Tiranossauro rex
da BBC Brasil Um paleontólogo britânico encontrou o que acredita ser uma pegada preservada de Tiranossauro rex, o famoso dinossauro predador. BBC Paleontólogo britânico diz ter encontrado pegada do predador Tiranossauro rex A suposta pegada, com cerca de um metro quadrado e que indica a possível presença de três dedos, foi descoberta em Montana, nos Estados Unidos, em uma região árida onde já sugiram indícios da presença de vários exemplares de dinossauros no passado. Phil Manning, do Museu da Universidade de Manchester, na Inglaterra, viu a marca pela primeira vez no ano passado. Ele voltou para os Estados Unidos em julho para estudar mais a pegada e agora pretende divulgar os detalhes dessa análise, que inclui desenhos e fotos, em uma publicação científica. Manning disse que estas trilhas são um dado importante para o entendimento de como os animais de grande porte viviam há mais de 65 milhões de anos. "As pessoas estão tentando encontrar essas trilhas há mais de cem anos. E estas são realmente muito especiais porque elas colocam o animal 'na cena do crime'", disse. Segundo Manning, "ossos podem ser transportados depois da morte", mas a trilha "coloca o animal no contexto onde ele costumava viver".
Cientistas descrevem nova espécie de dino como "Schwarzenegger"
da BBC Brasil Uma nova espécie de dinossauro, apelidado de "Schwarzenegger", acaba de ser descrita pela primeira vez por cientistas em um artigo publicado pela revista especializada "Zoological Journal of the Linnean Society". Segundo os cientistas, o Gryposaurus monumentensis, com seu grande bico, centenas de dentes e 10 metros de comprimento, pertence à maior e mais forte espécie já encontrada da família dos hadrossauros, os dinossauros de bico-de-pato. Reprodução Gryposaurus monumentensis, com seu grande bico e centenas de dentes tem 10 metros A criatura de duas pernas, descoberta em um parque nacional no sul do Estado americano do Utah em 2004, viveu nas florestas cretáceas da América do Norte entre 65 e 85 milhões de anos atrás e era um herbívoro. "Quando você combina 800 dentes com uma mandíbula muito grande e forte, e um bico, você tem um formidável comedor de plantas", disse um dos autores do artigo Terry Gates, do Museu de História Natural de Utah. "Ele era o Arnold Schwarzenegger dos dinossauros de bico-de-pato", disse Scott Sampson, também do museu. O Gryposaurus monumentensis foi encontrado no parque nacional Grand Staircase-Escalante National Monument, no sul do Estado. O local é um dos favoritos de paleontólogos, que já encontraram outras espécies na região, entre elas o dinossauro carnívoro Hagryphus, parecido com o Velociraptor, e espécies de tiranossauros.
Aves modernas surgiram na água, indica novo fóssil
O animal esquisito e cheio de dentes do desenho abaixo, que mais parece um cruzamento cheio de dentes de pato com andorinha, pode ser um ancestral de todas as aves modernas. Quem diz é um grupo de pesquisadores da China e dos Estados Unidos, que desenterrou fósseis espetaculares do animal em rochas de 110 milhões de anos do noroeste chinês.Reconstituição mostra o Gansus em seu provável ambiente A espécie em si não é nova. Ela já havia sido identificada na década de 1980, com base em um único osso, e batizada como Gansus yumenensis --o nome é sugestivo, mas trata-se apenas de uma referência à Província chinesa de Gansu, onde seus restos foram desenterrados.Mas os cerca de 40 fósseis do animal em bom estado de conservação recém-descobertos pela equipe se Hai-lu-You, da Academia Chinesa de Geologia, e Matt Lamanna, do Museu Carnegie de História Natural (Estados Unidos), permitiram pela primeira vez um olhar detalhado sobre o Gansus. E revelam que as aves modernas, como o frango do seu almoço, provavelmente surgiram num ambiente aquático."A maioria dos ancestrais das aves que viveram na era dos dinossauros são membros de grupos que se extinguiram sem deixar descendentes", afirmou Lamanna. "Mas o Gansus levou às aves modernas, então é um elo entre as aves primitivas e aquelas que vemos hoje."Reprodução/"Science"
Esqueleto fossilizado da ave chinesa Os novos fósseis do Gansus foram achados em rochas da chamada formação Xiagou. Elas datam do primeiro terço do Período Cretáceo, o último da era dos dinossauros, encerrado há 65 milhões de anos. A idade faz da espécie o mais antigo membro do grupo dos ornituros, que inclui todas as aves modernas e os seus parentes extintos mais próximos."O Gansus é o mais antigo exemplo das aves quase modernas que divergiram do tronco da árvore genealógica que começa com a proto-ave Archaeopteryx", disse o americano Peter Dodson, da Universidade da Pensilvânia. Ele é co-autor do estudo que descreve os novos fósseis, publicado na edição de hoje do periódico científico americano "Science".Vários dos esqueletos da ave, que tinha o tamanho aproximado de uma andorinha, possuíam tecidos moles preservados e até penas. Em um deles, ainda havia impressões de pele em volta de um dos dedos, o que permitiu aos pesquisadores confirmar que o Gansus yumenensis era aquático.Asas potentesOs esqueletos indicam que o Gansus tinha características surpreendentemente modernas para um animal dessa idade. A principal delas eram ombro e asas bem desenvolvidos. "Embora aquática, ela tinha um bom vôo", disse à Folha o paleontólogo Herculano Alvarenga, do Museu de História Natural de Taubaté, especialista em aves pré-históricas.O pesquisador qualifica a descoberta como "extremamente interessante", e com potenciais implicações para o Brasil: a idade da formação na qual o fóssil chinês foi encontrado é mais ou menos a mesma das rochas da chapada do Araripe, no Ceará, onde já se encontraram penas isoladas."Isso faz pensar na possibilidade de um bicho semelhante por aqui", disse Alvarenga.O paleontólogo paulista diz, no entanto, que o fato de o Gansus e várias outras aves do Cretáceo serem aquáticas não autoriza a pensar necessariamente numa origem aquática para as aves modernas. "O grande problema é que o ambiente aquático é mais propício à fossilização", conta. "Ele pode nos dar pistas falsas."Com agências internacionais
Dinos brasileiros passam por "explosão demográfica"
Faz 65 milhões de anos que eles se extinguiram, mas, paradoxalmente, os dinossauros brasileiros estão passando agora por uma explosão demográfica, pelo menos em número de espécies descritas. E, entre eles, nenhum grupo está florescendo tanto, em termos de conhecimento científico, quanto o dos titanossauros, herbívoros pescoçudos que foram os maiores animais terrestres de todos os tempos.Recentemente, a lista passou bem perto de ficar ainda maior, com um gigante mais avantajado que todos os já conhecidos. Não se trata do já célebre Maxakalisaurus topai, um titanossauro apresentado ao público há menos de um mês por pesquisadores do Museu Nacional da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). O M. topai ganhou, além do nome científico, o apelido de maior dinossauro brasileiro, com 13 m de comprimento. Mas um conterrâneo e "primo" dele tinha pelo menos 15 metros de comprimento (e talvez chegasse a 20), revela uma dupla de paleontólogos paulistas.A existência do monstro foi relatada por Rodrigo Miloni Santucci, do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral), e Reinaldo José Bertini, da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Rio Claro, em artigo na revista científica alemã "Neues Jarbuch für Geologie und Paläontologie".A região de origem do bicho, o distrito de Peirópolis, perto de Uberaba (MG), é a mesma do M. topai. Um dos revisores anônimos do estudo, no entanto, considerou que o material fossilizado --duas vértebras-- não era suficiente para, pelo menos por enquanto, dar à criatura um nome de espécie."Foi muito frustrante. As vértebras são completamente distintas, únicas e muito diagnósticas", declarou à Folha Reinaldo Bertini, que já é "pai" de duas outras espécies de titanossauro. Ele e Santucci haviam planejado batizar o gigante, que também é um titanossauro, de Uberabasaurus magnificens ("lagarto magnífico de Uberaba"). Por enquanto, diz o paleontólogo, a dupla ficará em compasso de espera em relação ao material. "Talvez formalizemos algo breve, em outra revista. O mais importante foi dizer que estudamos o material, que traz alguns pontos interessantes para discussão", afirma.Apesar de estar representado por apenas duas vértebras portentosas, o bicho revela alguns detalhes interessantes. A óbvia robustez dos ossos sugere um andar lento e pausado, como o de um elefante, e os paleontólogos encontraram uma estranha assimetria nas vértebras. "Seria algo patológico? Se o fosse, poderia trazer seqüelas à coluna vertebral do animal", especula Bertini, ressaltando que esse tipo de assimetria não era incomum em saurópodes (o nome genérico para os dinos herbívoros pescoçudos). Como os demais bichos de Uberaba, ele deve ter vivido há cerca de 70 milhões de anos.Família numerosaCom mais esse achado, um "boom" tupiniquim de titanossauros parece estar definitivamente configurado. Max Cardoso Langer, paleontólogo da USP de Ribeirão Preto, lembra que, até 1996, só duas espécies de dinossauro (uma delas incerta) tinham sido descritas no país. De lá para cá, a conta saltou para 15, um terço das quais são titanossauros.O que esses bichos, que apresentavam grande variedade de tamanho (alguns eram relativamente pequenos, com uns 10 metros) e tinham grandes escudos ósseos no couro, podem ter tido de especial?"O nicho de grandes herbívoros no Cretáceo [a fase final da Era dos Dinossauros] da América do Sul era basicamente ocupado, e muito bem, por titanossauros", diz o pesquisador. "Dos 90 gêneros conhecidos de saurópodes, algo como 30 são titanossauros, e se você se restringe ao Cretáceo, eles passam a ser 30 dos 45. Fica claro que eles eram, em geral, diversos como um todo", explica Langer. Some-se a isso o fato de que talvez não houvesse competidores de outras famílias por aqui na época, e fica explicado porque tantas espécies desses herbívoros andam saindo das rochas do Triângulo Mineiro.Por outro lado, o paleontólogo Ismar de Souza Carvalho, da UFRJ, diz acreditar que o "boom" de titanossauros pode ser uma ilusão criada pela área mais estudada, a bacia Bauru (que inclui os Estados de São Paulo e Minas Gerais, entre outros), e pela idade que a acompanha. "Se os trabalhos forem mais diversificados geograficamente e temporalmente, os grupos de dinossauros serão outros", avalia.
Aves modernas surgiram na água, indica novo fóssil
O animal esquisito e cheio de dentes do desenho abaixo, que mais parece um cruzamento cheio de dentes de pato com andorinha, pode ser um ancestral de todas as aves modernas. Quem diz é um grupo de pesquisadores da China e dos Estados Unidos, que desenterrou fósseis espetaculares do animal em rochas de 110 milhões de anos do noroeste chinês.Reconstituição mostra o Gansus em seu provável ambiente A espécie em si não é nova. Ela já havia sido identificada na década de 1980, com base em um único osso, e batizada como Gansus yumenensis --o nome é sugestivo, mas trata-se apenas de uma referência à Província chinesa de Gansu, onde seus restos foram desenterrados.Mas os cerca de 40 fósseis do animal em bom estado de conservação recém-descobertos pela equipe se Hai-lu-You, da Academia Chinesa de Geologia, e Matt Lamanna, do Museu Carnegie de História Natural (Estados Unidos), permitiram pela primeira vez um olhar detalhado sobre o Gansus. E revelam que as aves modernas, como o frango do seu almoço, provavelmente surgiram num ambiente aquático."A maioria dos ancestrais das aves que viveram na era dos dinossauros são membros de grupos que se extinguiram sem deixar descendentes", afirmou Lamanna. "Mas o Gansus levou às aves modernas, então é um elo entre as aves primitivas e aquelas que vemos hoje."Reprodução/"Science"
Esqueleto fossilizado da ave chinesa Os novos fósseis do Gansus foram achados em rochas da chamada formação Xiagou. Elas datam do primeiro terço do Período Cretáceo, o último da era dos dinossauros, encerrado há 65 milhões de anos. A idade faz da espécie o mais antigo membro do grupo dos ornituros, que inclui todas as aves modernas e os seus parentes extintos mais próximos."O Gansus é o mais antigo exemplo das aves quase modernas que divergiram do tronco da árvore genealógica que começa com a proto-ave Archaeopteryx", disse o americano Peter Dodson, da Universidade da Pensilvânia. Ele é co-autor do estudo que descreve os novos fósseis, publicado na edição de hoje do periódico científico americano "Science".Vários dos esqueletos da ave, que tinha o tamanho aproximado de uma andorinha, possuíam tecidos moles preservados e até penas. Em um deles, ainda havia impressões de pele em volta de um dos dedos, o que permitiu aos pesquisadores confirmar que o Gansus yumenensis era aquático.Asas potentesOs esqueletos indicam que o Gansus tinha características surpreendentemente modernas para um animal dessa idade. A principal delas eram ombro e asas bem desenvolvidos. "Embora aquática, ela tinha um bom vôo", disse à Folha o paleontólogo Herculano Alvarenga, do Museu de História Natural de Taubaté, especialista em aves pré-históricas.O pesquisador qualifica a descoberta como "extremamente interessante", e com potenciais implicações para o Brasil: a idade da formação na qual o fóssil chinês foi encontrado é mais ou menos a mesma das rochas da chapada do Araripe, no Ceará, onde já se encontraram penas isoladas."Isso faz pensar na possibilidade de um bicho semelhante por aqui", disse Alvarenga.O paleontólogo paulista diz, no entanto, que o fato de o Gansus e várias outras aves do Cretáceo serem aquáticas não autoriza a pensar necessariamente numa origem aquática para as aves modernas. "O grande problema é que o ambiente aquático é mais propício à fossilização", conta. "Ele pode nos dar pistas falsas."Com agências internacionais
Dinos brasileiros passam por "explosão demográfica"
Faz 65 milhões de anos que eles se extinguiram, mas, paradoxalmente, os dinossauros brasileiros estão passando agora por uma explosão demográfica, pelo menos em número de espécies descritas. E, entre eles, nenhum grupo está florescendo tanto, em termos de conhecimento científico, quanto o dos titanossauros, herbívoros pescoçudos que foram os maiores animais terrestres de todos os tempos.Recentemente, a lista passou bem perto de ficar ainda maior, com um gigante mais avantajado que todos os já conhecidos. Não se trata do já célebre Maxakalisaurus topai, um titanossauro apresentado ao público há menos de um mês por pesquisadores do Museu Nacional da UFRJ (Universidade Federal do Rio de Janeiro). O M. topai ganhou, além do nome científico, o apelido de maior dinossauro brasileiro, com 13 m de comprimento. Mas um conterrâneo e "primo" dele tinha pelo menos 15 metros de comprimento (e talvez chegasse a 20), revela uma dupla de paleontólogos paulistas.A existência do monstro foi relatada por Rodrigo Miloni Santucci, do DNPM (Departamento Nacional de Produção Mineral), e Reinaldo José Bertini, da Unesp (Universidade Estadual Paulista) de Rio Claro, em artigo na revista científica alemã "Neues Jarbuch für Geologie und Paläontologie".A região de origem do bicho, o distrito de Peirópolis, perto de Uberaba (MG), é a mesma do M. topai. Um dos revisores anônimos do estudo, no entanto, considerou que o material fossilizado --duas vértebras-- não era suficiente para, pelo menos por enquanto, dar à criatura um nome de espécie."Foi muito frustrante. As vértebras são completamente distintas, únicas e muito diagnósticas", declarou à Folha Reinaldo Bertini, que já é "pai" de duas outras espécies de titanossauro. Ele e Santucci haviam planejado batizar o gigante, que também é um titanossauro, de Uberabasaurus magnificens ("lagarto magnífico de Uberaba"). Por enquanto, diz o paleontólogo, a dupla ficará em compasso de espera em relação ao material. "Talvez formalizemos algo breve, em outra revista. O mais importante foi dizer que estudamos o material, que traz alguns pontos interessantes para discussão", afirma.Apesar de estar representado por apenas duas vértebras portentosas, o bicho revela alguns detalhes interessantes. A óbvia robustez dos ossos sugere um andar lento e pausado, como o de um elefante, e os paleontólogos encontraram uma estranha assimetria nas vértebras. "Seria algo patológico? Se o fosse, poderia trazer seqüelas à coluna vertebral do animal", especula Bertini, ressaltando que esse tipo de assimetria não era incomum em saurópodes (o nome genérico para os dinos herbívoros pescoçudos). Como os demais bichos de Uberaba, ele deve ter vivido há cerca de 70 milhões de anos.Família numerosaCom mais esse achado, um "boom" tupiniquim de titanossauros parece estar definitivamente configurado. Max Cardoso Langer, paleontólogo da USP de Ribeirão Preto, lembra que, até 1996, só duas espécies de dinossauro (uma delas incerta) tinham sido descritas no país. De lá para cá, a conta saltou para 15, um terço das quais são titanossauros.O que esses bichos, que apresentavam grande variedade de tamanho (alguns eram relativamente pequenos, com uns 10 metros) e tinham grandes escudos ósseos no couro, podem ter tido de especial?"O nicho de grandes herbívoros no Cretáceo [a fase final da Era dos Dinossauros] da América do Sul era basicamente ocupado, e muito bem, por titanossauros", diz o pesquisador. "Dos 90 gêneros conhecidos de saurópodes, algo como 30 são titanossauros, e se você se restringe ao Cretáceo, eles passam a ser 30 dos 45. Fica claro que eles eram, em geral, diversos como um todo", explica Langer. Some-se a isso o fato de que talvez não houvesse competidores de outras famílias por aqui na época, e fica explicado porque tantas espécies desses herbívoros andam saindo das rochas do Triângulo Mineiro.Por outro lado, o paleontólogo Ismar de Souza Carvalho, da UFRJ, diz acreditar que o "boom" de titanossauros pode ser uma ilusão criada pela área mais estudada, a bacia Bauru (que inclui os Estados de São Paulo e Minas Gerais, entre outros), e pela idade que a acompanha. "Se os trabalhos forem mais diversificados geograficamente e temporalmente, os grupos de dinossauros serão outros", avalia.

Caudas dos dinos

As caudas dos Dinossauros
Todos os dinossauros tinham longas caudas. Mas a maneira com a qual eles as utilizavam variava de acordo com a espécie. Então, qual o papel das caudas na vida dos dinossauros?
Em primeiro lugar devemos responder uma questão importante: qual a real posição da cauda dos dinos? Elas eram arrastadas pelo chão ou ficavam erguidas no ar? Durante anos os dinossauros foram representados com suas enormes caudas sendo pesadamente arrastadas pelo solo. O modelo de Joseph Leidy, como é conhecido, dominou o cenário paleontológico durante décadas. Nós nos acostumamos a ver os enormes T-Rex andando em pé, quase eretos, imponentes. Mas pesquisas recentes confirmam que essa imagem estava completamente errada. Analisando suas vértebras e o encaixe dos ossos dos membros os cientistas perceberam que essa posição seria muito desconfortável para os animais e, provavelmente, provocaria lesões sérias em sua coluna. Além disso, se analisarmos seus rastros de pegadas fossilizadas, poderemos notar que em nenhuma delas existem marcas ou sulcos que indiquem enormes e pesadas caudas sendo arrastadas. Em todos os casos, apenas as pegadas foram confirmadas. Assim o modelo hoje mais aceito é o de dinossauros movendo-se com caudas quase retas, pairando no ar. No caso dos bípedes, a espinha ficava quase que paralela à linha do solo, fazendo com que os animais caminhassem como enormes pássaros.
Para esses animais as caudas funcionavam como um instrumento de equilíbrio, permitindo aos mesmos caminhar ou correr sem temer uma queda de frente no chão. O comprimento das caudas era de tal modo proporcional ao peso na frente dos quadris, de maneira que o centro de gravidade ficassem num ponto que equilibrava perfeitamente a metade anterior e a posterior.
Nos dinossauros raptores, conhecidos por desenvolver grandes velocidades, a cauda possuía filetes ósseos que a tornavam muito rígida. Para esses animais a cauda era como um leme, permitindo a eles mudarem rapidamente de direção caso fosse necessário.
Entre os grandes ornitópodes, como iguanodontes e hadrossauros, a cauda também era útil para contrabalancear seus corpos quando assumiam a posição bípede.
Alguns cientistas também propõem que as caudas achatadas lateralmente desses animais podem ter sido bastante coloridas, servindo de sinalizadores visuais para outros membros do grupo.
Em muitas espécies de dinossauros as caudas não eram usadas apenas para equilíbrio. Para esses animais elas poderiam funcionar como poderosas armas de defesa.
Os estegossauros apresentavam cravos longos e afiados nas caudas, cujo número variava de acordo com a espécie. Esses cravos eram manuseados com extrema habilidade por esses enormes herbívoros. Sua cauda potente poderia desferir golpes devastadores. Se fosse atingido, um carnívoro poderia ficar seriamente ferido.
Os anquilossauros também tinham suas caudas ornamentadas, mas, diferente dos estegossauros que tinham cravos, estas eram armadas com poderosos porretes ósseos. Além do porrete os anquilossauros ainda possuíam as últimas vértebras fundidas, o que dava maior potência à arma. Com a mesma maestria dos estegossauros, os anquilossauros poderiam desferir golpes devastadores, capazes de quebrar a perna ou romper órgãos internos de predadores como tiranossauros.
Os saurópodes também usavam suas caudas como arma. Dinossauros como o Diplodocus, com sua cauda longa e fina, semelhante a um chicote poderiam movê-la a uma velocidade de mais de 100 km/h, provocando um estalo ensurdecedor. Se o predador não se intimidasse, poderia ser golpeado com uma força descomunal. Alguns saurópodes, como o Shunosaurus possuíam um pequeno porrete semelhante ao dos anquilossauros, o que piorava ainda mais a situação.
Mas as caudas dos saurópodes não eram usadas somente para combates. Elas desempenhavam várias outras funções, como por exemplo comunicação. É possível que os diferentes movimentos de caudas fossem utilizados como um tipo de comunicação visual. Também já se cogitou a hipótese de que servissem como superfície de perda de calor. Acredita-se que os saurópodes, devido ao seu tamanho excepcional, deveriam ter sérios problemas com super-aquecimento. A cauda poderia servir como uma enorme superfície de dispersão, tal qual as orelhas enormes dos elefantes-africanos.
Alguns estudos indicam ainda que os saurópodes, apesar de quadrúpedes, poderiam ficar em pé nas patas traseiras, seja para alcançar folhas muito altas, para se exibir em épocas de acasalamento ou para intimidar predadores. Nesse caso eram usadas como tripé, para equilibrar o enorme peso desses animais.
Recentemente algumas pesquisas indicaram que alguns pequenos terópodes possuíam caudas emplumadas. É possível que alguns machos como os de Caudipteryx se exibissem para as fêmeas balançando suas caudas emplumadas e coloridas.