domingo, 14 de fevereiro de 2010


Anquilossauro


Ankylosaurus em vida
© Raúl Martin

Esqueleto reconstruído de um Ankylosaurus sem a armadura óssea© Autor desconhecido: avise se conhecer o ilustrador
Nome científico: Ankylosaurus magniventris.
Significado do Nome: Lagarto Fundido ou Lagarto Endurecido.
Tamanho: cerca de 9 metros de comprimento e 2 metros de altura aproximadamente.
Peso: 7 toneladas aproximadamente.
Alimentação: Herbívora.
Período: Cretáceo Superior.
Local: América do Norte, Estados Unidos e Canadá.

Veja onde viveu o Ankylosaurus
© Mapa modificado por Patrick Król PadilhaVeja em qual período viveu o Ankylosaurus!
© Patrick Król Padilha

Era o ano de 1906, época de intensa caça aos fósseis na América do Norte e também dos mais famosos paleontologistas da história. Justamente neste ano o famoso Barnum Brown liderou uma expedição à Formação Hell Creek em Montana - Estados Unidos, onde encontrou um animal grande e diferente dos outros herbívoros conhecidos.
O fóssil, composto de parte de um crânio, costelas, vértebras, ossos do ombro e de uma armadura óssea, fazia parte de um animal baixo, atarracado, que possuía calombos ósseos e placas osteodérmicas na pele e uma cabeça reforçada. Mas a reconstrução deste animal não foi tão exata porque partes do corpo estavam faltando, como as pernas e a cauda. Sendo assim, Barnum Brown imaginou o animal como os estegossaurídeos, que tem o quadril mais alto do que a região peitoral, formando uma silhueta curvada. Por isto em 1908 Brown nomeou o animal como Ankylosaurus magniventris, usando palavras do Grego, ankulos curvado Sauros Lagarto. A curva em questão seria a inclinação do corpo do animal, como visto na reconstrução do esqueleto feita por Brown na época. Inclusive a clava da cauda não aparece, já que ainda não havia sido achada.

Desenho do esqueleto do Anquilossauro com postura e anatomia errada Desenhado por Barnum Brown em 1908© Imagem de Domínio Público
No entanto, o significado do nome deste dinossauro não é somente e exatamente Lagarto Curvado, porque Brown escolheu os termos pensando na "ankylosis", um termo médico que se refere especificamente ao endurecimento produzido pela fusão de muitos ossos no crânio e no corpo, originando então uma tradução mais comum, como "Lagarto Fundido" ou "Lagarto Endurecido".
Já o segundo nome vem do Latim, designando a aparência do animal também, com os termos Magnus grande e Ventris/Venter = ventre/barriga, tudo porque o animal tem um corpo bem largo. A única espécie válida é A. magniventris e deu nome ao gênero Ankylosaurus, bem como à família Ankylosauridae.
Mas este não foi o primeiro fóssil encontrado do Ankylosaurus, somente foi o primeiro reconhecido como tal animal, mas alguns fragmentos de sua couraça foram encontrados 6 anos antes, pelo próprio Barnum Brown na Formação Lance, que fica no estado do Wyoming. Brown estava a escavar o Dynamosaurus imperiosus, um enorme terópode do Cretáceo que atualmente é conhecido como Tyrannosaurus rex, quando encontrou, junto dos ossos do carnívoro, um monte de placas osteodermicas, mais de 75 delas. Primeiramente se imaginou que pertencessem ao próprio Dynamosaurus ou T.rex, mas após encontrar o esqueleto do Ankylosaurus em Hell Creek, Barnum notou que tais osteodermas eram praticamente idênticas. Sendo assim, provavelmente o T.rex morreu perto do cadáver de um Anquilossauro, seja por causas naturais ou porque matou o herbívoro e devorou o mesmo. No entanto, não foram encontrados indícios de que o terópode comeu o dinossauro encouraçado, somente a prova da presença dos dois animais no mesmo ecossistema.
Depois da descoberta de Hell Creek ser feita, o animal foi nomeado como dito antes e os dois únicos vestígios tinham sido encontrados pelo mesmo paleontologista. Parece que Brown era "sortudo" para encontrar fósseis de Ankylosaurus, o que viria a se repetir em 1910. Ele havia viajado para o Canadá, em uma expedição à cidade de Alberta. Nas diversas formações do Cretáceo existentes ali, diversos fósseis foram achados, mas foi exatamente na Formação Scollard que Barnum encontrou outro fóssil do Ankylosaurus, desta vez com algumas novidades, pois o crânio estava completo e pela primeira vez a ponta da cauda com a clava óssea foi encontrada, além de costelas, ossos das pernas e obviamente da armadura.
Estes fósseis foram armazenados todos no Museu Americano de História Natural de New York, onde estão até agora. Mas outros fósseis deste dinossauro foram encontrados com o passar do tempo, que variam de dentes, pedaços da couraça e ossos avulsos, sendo que um deles é atualmente o maior crânio da espécie já descoberto. Foi achado por Charles M. Sternberg em 1947 e hoje fica no Museu Canadense da Natureza.
Depois de ser nomeado o Ankylosaurus ainda serviu de base para dar nome ao grupo de dinossauros couraçados, que ficaram conhecidos a partir daí como anquilossaurídeos, ou que pertencem à família Ankylosauridae.
A classificação e definição exata do Ankylosaurus dentro da família é incerta. Alguns acreditam que Ankylosaurus e Euoplocephalus são irmãos taxonômicamente, ou seja, seriam espécies com parentesco bem aproximado, porém outros pesquisadores dizem exatamente o contrário. Devido a diversidade de análises individuais e as grandes divergências entre elas, o Ankylosaurus fica perdido taxonômicamente, necessitando que novos esqueletos sejam encontrados para que melhor possa ser classificado. Segundo o site DinoData, a classificação do Ankylosaurus é a seguinte, a começar por Ornithopoda.
Ornithischia > Thyreophora > Eurypoda > Ankylosauria > Ankylosauridae


O Anquilossauro era um grande dinossauro, media entre 6.25 metros (a menor estimativa) e 9 metros. Existem estimativas que vão a 10 metros, tornando este o maior dinossauro de couraça já descoberto até hoje. Sua altura não era tão avantajada, deveria ter cerca de 1.7 a 2 metros de altura e seu peso deveria girar por volta de 6 toneladas.
Este dinossauro é até engraçado se o observarmos, pois tem uma aparência desengonçada, bem baixo e atarracado, quadrúpede e herbívoro, ou seja, quase um enorme jabuti, porém mais ágil. No entanto, mesmo sendo ágil, o Anquilossauro não deve ter sido muito veloz na corrida, porque o peso do corpo seria um obstáculo, levando-se em conta a postura das pernas, que acredita-se terem tido 5 dedos em cada pé, isto porque o pé deste dino nunca foi achado e suas reconstruções são baseadas em outros animais semelhantes.
A cabeça dele também é um pouco estranha, afinal era maior em largura do que em comprimento! Sim, tinha cerca de 64,5 centímetros de comprimento e aproximadamente 74,5 centímetros de largura. De qualquer forma, ele não precisava ser veloz, afinal sua couraça e sua cauda com clava asseguravam, pelo menos na maior parte do tempo, a segurança contra qualquer predador, até mesmo contra o famoso T.rex.
Crânio de perfil
© 
A.E. AndersonCrânio visto de cima
©
 A.E. Anderson
Plano de fundo e medidas editados por Patrick Król Padilha

Obviamente que tal proteção era fornecida pela pele endurecida como já dito, cuja composição é baseada de osteodermas, placas de osso grossas que cresciam na pele ou "fundidas" a ela, formando uma carapaça. Várias osteodermas juntas formavam tal carapaça, mas assim mesmo alguns pontos ficavam vulneráveis, principalmente a junção entre uma placa e outra. Por isto justamente nestes pontos de junção nasciam pequenos calombos ósseos que grudavam as placas, não deixando ponto algum desprotegido na parte superior do corpo. A barriga já era mais frágil, mas para poder atacá-la, um dinossauro teria de virar o Anquilossauro de cabeça para baixo, o que era praticamente impossível porque ele era pesado e forte.
Voltando a couraça deste grande tireóforo, podemos supor que suas osteodermas, calombos e espinhos eram recobertos de queratina dura, ou seja, a mesma substância de que são feitas nossas unhas. Tais calombos e placas podiam ser achatados ou altos, pequenos ou grandes e ainda arredondados ou pontiagudos.
Embora Barnum Brown tenha desenhado o Anquilossauro incorretamente na postura e anatomia, ele fez uma boa reconstrução das osteodermas, como vemos abaixo.
Anquilossauro visto de cima
Desenhado por Barnum Brown em 1908

© Imagem de Domínio Público

Como os demais anquilossauros, o Ankylosaurus era herbívoro, e para comer usava sua boca com dentes em forma de folha adaptados para cortar vegetação. Estes dentes eram menores, se comparados ao tamanho do corpo, do que os dentes de outros anquilossaurídeos. O Ankylosaurus não tinha dentes em baterias, como os Hadrossaurídeos e Ceratopsídeos, então não podia mastigar tão bem como os dinossauros dos grupos citados acima, apesar de que alguns ossos do crânio e do corpo eram fundidos para acrescentar força ao animal, além de que possuía um bico para cortar as plantas.
Anquilossauro com o bico em evidência
©
 Todd Marshall
As pernas e cauda do Ankylosaurus não eram vulneráveis, apesar de não ter tanta proteção como as costas. As pernas tinham pequenos calombos e placas, e com a cauda não era diferente, pois possuía fileiras de osteodermas em toda as laterais.
Observe a anatomia do Aqnuilossauro
© Paleoguy/JWK/Dinoraul
O crânio deste animal era uma verdadeira caixa forte, um cofre onde ficava abrigado o cérebro, protegido pela camada grossa de placas circulares que junto com 4 grandes chifres pontudos, em forma de pirâmide, que se projetavam lateralmente da parte traseira do crânio.
Observe os chifres no crânio© Paleoguy/JWK/Dinoraul
Mesmo sendo o maior dinossauro encouraçado, o Anquilossauro não tinha a couraça mais "espetacular", pois seus calombos e placas eram na maioria lisos e arredondados, não crescendo tanto. Já no Euoplocephalus e no Edmontonia as placas eram incríveis, alongadas e pontiagudas como espinhos, o que devia meter medo em qualquer predador.
Mas, sem dúvida alguma, uma característica que este dinossauro possuiu e que hoje nos impressiona, é sua clava óssea, situada na ponta da cauda. Formada por enormes osteodermas que eram fundidas umas nas outras, a "bola" de osso maciço era suportada pela cauda que na ponta tinha as 7 últimas vértebras fundidas umas nas outras e também na própria clava, para que o peso da arma pudesse ser suportada e também para que se necessário fosse, o animal usasse a cauda como um martelo, golpeando o inimigo com força.
As vértebras da cauda tinham tendões parcialmente ossificados, o que dava mais resistência para aguentar a clava durante o balanço da mesma e para aplicar um golpe, que tinha um resultado bem potente, podendo até quebrar ossos ou afetar órgãos internos do inimigo, o que pode ser comprovado com os restos fósseis dos tendões encontrados, ou seja, este pacato herbívoro tinha uma impressionante e eficiente arma de defesa.
Animais atuais, como cobras, têm um artifício de defesa chamado engodo, que consiste em tornar a cauda parecida com a cabeça, para que num ataque o predador cause danos à cauda, que não contém órgãos vitais e deixe a cabeça livre, para que o animal posso viver ou mesmo contra-atacar o predador. Cobras corais brasileiras enrolam a cauda, que fica "gordinha" como se fosse a cabeça, por isto alguns paleontologistas certa vez propuseram que a clava do Anquilossauro tivesse a mesma finalidade, no entanto a hipótese foi descartada porque não havia necessidade disso, sendo que o crânio do animal era perfeitamente protegido pela couraça e pelos espinhos.
Por falar em predadores, o Anquilossauro viveu há cerca de 68 a 65.5 milhões de anos atrás, no finalzinho do Cretáceo, época conhecida como Maastrichtiana, a última do Cretáceo. Por isto este réptil deve ter convivido com predadores como Tyrannosaurus rex e Dromaeosaurus, além de ter visto de perto a extinção.
A América do Norte do Cretáceo era bem diferente, porque o oceano havia invadido o continente formando um mar interior, raso e repleto de predadores marinhos de diversos tipos, como o Tilossauro. Este mar era longo e dividiu a América do Norte em duas partes, sendo que o Anquilossauro viveu na parte que correspondia ao lado Oeste do mar, local que provavelmente era uma planície extensa, onde às vezes ocorriam inundações.
Os paleontologistas afirmam que a área deve ter ficada inundada porque as formações rochosas resultantes daquele local contém muito arenito, que é pedra formada por areia e uma espécie de xisto, que é formado por lama. Se não era inundado, pelo menos deve ter sido bem úmido, um clima subtropical, quente, com vegetação variada, incluindo angiospermas, que pela primeira vez apresentavam flores ao mundo, além das tradicionais, mas em menor quantidade, coníferas, cicadáceas e samambaias.
Segundo pesquisadores, escavações de cerca de 12 sítios fossilíferos diferentes da região indicam que a maioria das árvores eram pequenas. Neste ambiente viviam outros tipos de herbívoros, entre eles o Triceratops e o Edmontossauro, cujos fósseis são abudantes se comparados aos escassos restos do Anquilossauro.
Outro contemporâneo do Anquilossauro era o Edmontonia, um dinossauro menor que também tinha couraça, mas os especialistas em dinossauros que estudaram estes animais afirmaram que é bem improvável que indivíduos destas espécies tenham se encontrado.
Os cientistas dizem isto porque o Anquilossauro era adaptado a climas mais secos e terrenos planos, porque sua boca era adaptada para pastar, mas não permitia que ele escolhesse o alimento dentre detritos ou em solos úmidos, porque o focinho era largo demais para tal serviço, então deveria se limitar a locais mais altos, onde a água do mar não chegava.
O Anquilossauro vivia em locais mais altos e secos
© Paleoguy/JWK/Dinoraul

Já o Edmontonia, tinha um focinho bem mais estreito, o que permitia uma alimentação mais selecionada, escolhida no solo, mesmo que este tivesse detritos, lama ou mesmo água, por isto ele vivia principalmente na região litorânea, perto do mar.
O Anquilossauro sem dúvida viveu no auge da vida no Cretáceo, época cujos animais tornaram-se ícones dentre os dinossauros, o que também ocorreu com este réptil que mais parece um "tatuzão". Devido aos incríveis aparatos físicos de defesa e ao seu tamanho, o Anquilossauro tornou-se sinônimo de dinossauro couraçado e acabou entrando no gosto e conhecimento popular, aparecendo diversas vezes na mídia, sendo desde filmes até figurinhas de coleção.
Ele aparece em Jurassic Park 3 (2001) comendo calmamente. Livros sempre o mostram e desenhos animados como Em Busca do Vale Encantado também já mostraram este dino. Entre os bonecos de dinossauros, uma das espécies mais feitas é o Anquilossauro.
Ankylosaurus de Jurassic Park 3© Universal Pictures
Em documentários ele tem presença marcada, uma delas e talvez a mais reconhecida é a do "Walking with Dinosaurs", documentário no qual o Anquilossauro aparece no último episódio, e inclusive fere um Tiranossauro fêmea com a cauda, o qual morre logo depois em decorrência dos ferimentos.
Ankylosaurus de Walking with dinosaurs
© BBC
Ankylosaurus de Walking with dinosaurs
© BBC
Outro filme que representou este dinossauro é o clássico infantil Dinossauro, da Disney, longa metragem de animação em que um Anquilossauro é bem ingênuo e simpático, até um pouco infantil e chama-se Url.

Fonte:Blog Ikeissauro

sábado, 13 de fevereiro de 2010

Iguanodonte
O Iguanodonte (dente de iguano) era um herbívoro grande, a espécie maior cresceu aproximadamente até 10 metros. Tinha a cabeça larga como a de um cavalo, com um bico córneo semelhante ao da tartaruga à frente de sua boca, que era ideal para retirar a vegetação. Haviam numerosos dentes em filas paralelas na parte de trás de suas mandíbulas. Possuia mais ou menos cem dentes e seu bico era bastante afiado, com saliências irregulares na borda, que o ajudavam a cortar as plantas. Foi um dos primeiros dinossauros com a capacidade de mastigar. Os répteis geralmente não podem mastigar porque não possuem músculos especiais para mover a mandíbula de lado a lado. Mas o Iguanodonte conseguiu mastigar muito efetivamente seu alimento.
Seus braços, longos e relativamente fortes, serviam também para arrancar folhas das árvores. No pés, tinha três dedos e nas mãos, cinco. seu polegar era pontudo, como uma grande espora. As unhas dos pés e das mãos tinham um formato de casco, o que leva a crer que esse animal locomovia-se sobre duas ou quatro patas.
Quando erguia-se sobre as patas trazeira, alcançava uma altura considerável, o que lhe servia de vantagem na luta com os adversários. Existiram diversas expécies de Iguanodonte, sendo as três mais importantes: Iguanodon mantelli (o primeiro dinossauro a ser encontrado); Iguanodon bernissartensis e Iguanodon artherfieldensis (as duas ultimas foram encontradas em uma mina da Bélgica). Foram encontrados restos de Iguanodon em quase toda parte do mundo. Foram um tipo de dinossauro expetacularmente próspero e foram encontrados restos dele em diversos países, como Inglaterra, Alemanha, Espanha, Bélgica, China e América do Norte.

Dados do Dinossauro:
Nome: Iguanodonte
Nome Científico: Iguanodon mantelli, Iguanodon bernissartensis e Iguanodon artherfieldensis
Época em que Viveu: Início do Cretáceo, de 132 a 100 milhões de anos atrás
Peso: Cerca de 5 toneladas
Tamanho: Até 10 metros de comprimento e 5 metros de altura
Alimentação: Herbívora

Fonte:Wikipedia/google
Saltassauro
    O Saltassauro era um saurópode encouraçado, que possuía pratos ósseos grandes e nódulos menores na pele da parte de trás e lados do corpo. Esta couraça provavelmente era uma defesa efetiva contra ataques de grandes dinossauros carnívoros, já que ele viveu na mesma época em que os terópodes ( carnívoros bípedes ) alcançaram seus mais excepcionais tamanhos e como o Saltassauro não possuía tamanho e nem velocidade capaz de o livrar dos predadores, a evolução o selecionou com uma proteção parecida com a dos anquilossaurídeos porém menos espinhosa.
    O Saltassauro tinha um rabo espesso, que quando apoiado engrenava vértebras, formando um ótimo apoio, através do qual ele poderia atingir uma vegetação mais alta. Provavelmente os Saltassauros viveriam em manadas que nidificavam em colônias de regiões costeiras, onde se alimentaria de coníferas. Foram encontrados ovos fósseis de Saltassauro, e ele deveriam pesar em torno de 3 a 4 quilos.
Dados do Dinossauro:
Nome: Saltassauro
Nome Científico: Saltasaurus loricatus
Peso: Cerca de 8 toneladas
Tamanho: 12 metros de comprimento
Época: Cretáceo
Local em que viveu: América do Sul
Alimentação: Herbívoro

quarta-feira, 10 de fevereiro de 2010

O Saurophaganax maximus pode ter sido um tipo de Allosaurus realmente grande, já que poucos fósseis da sua espécie foram encontrados. O Saurophaganax teria sido um grande dinossauro carnívoro podendo chegar até 15m de comprimento, 5m de altura e pesar 6 toneladas. O Saurophanganax é um membro da família dos alossauros e viveu no período Jurássico (de 205 a 145 milhões de anos) na América do Norte.
Mamenchissauro


 

O Mamemchissauro cujo nome significa "lagarto de Mamenchi", que lembra o local onde foi encontrado, era um saurópode enorme e possuía um dos maiores pescoços conhecidos que chegava a ter 11 metros de comprimento, porém seu rabo era curto não o tornando no geral "muito" comprido. Conhece-se duas espécies principais de Mamenchissauro: Mamenchisaurus constructus, Mamenchisaurus hochuanensis.
Eles viveram durante o período Jurássico na Ásia entre 155 à 145 milhões de anos atrás. Nessa mesma época os dinossauros estavam atingindo proporções enormes e os saurópodes começavam a tingir seu auge.

Dados do Dinossauro:
Nome Científico: Mamenchisaurus constructus e Mamenchisaurus hochuanensis
Época: Jurássico, entre 155 à 145 milhões de anos atrás
Local onde viveu: Ásia, China
Peso: até 20 toneladas
Tamanho: até 22 m de comprimento e 6 m de altura
Alimentação: Herbívora

 

 

O alossauro (Allosaurus, que significa "lagarto diferente") foi um tipo de dinossauro carnívoro e bípede, pertencente à família Allosauridae. Viveu no fim do período Jurássico em vários continentes. Media em torno de 9 metros de comprimento, podendo alcançar os 12 metros de acordo com alguns vestígios fósseis, pouco mais de 4,2 metros de altura e pesava entre 1,5 e 1,8 toneladas (algo equivalente a uma girafa).
O primeiro fóssil de alossauro foi descoberto em 1877 por Othniel Charles Marsh e desde então já foram encontrados mais de cem ossos referentes a espécies do gênero, sendo que os achados mais importantes ocorreram nos Estados Unidos e Portugal.
Provavelmente o Alossauro foi o maior dinossauro carnívoro do período Jurássico. Ele se destacava também não só pelo tamanho e pela mandíbula cheia de dentes afiados, mas também pelas duas cristas sólidas da cabeça, cada uma acima e na frente de cada olho, que talvez fosse o traço distintivo do gênero. Dentre suas presas, estavam animais como o apatossauro, o estegossauro, etc. E segundo estudos acerca do animal, acredita-se que mesmo com o tamanho imenso o alossauro seria um animal ágil e perigoso, que costumaria caçar em bandos. Uma prova interessante acerca do instinto predatorial do alossauro talvez seja a da descoberta de mordidas de alossauros na cauda fóssil de um apatossauro, que deixa a impressão de que o alossauro mordeu sua cauda (que por coincidência é a principal defesa do apatossauro) com uma força intensa.

Aviso do blog Dinos o RETORNO!

  Vocês sabem que eu criei uma enquete que dizia: " Qual o proximo dinossauro você queria ver?", ou algo assim; como foi empate,vou postar sobre as especies escolhidas.
  Grato a vocês, e voltem sempre! 

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

Predador ou Carniceiro

Um dos maiores debates da Paleontologia atual refere-se aos hábitos alimentares do Tyrannosaurus rex, o mais famoso de todos os dinossauros já descobertos.
Tiranossauro Rex
Tiranossauro Rex
Quando foi descoberto o T.rex espantou os especialistas da época. Seu tamanho avantajado, suas mandíbulas gigantescas e seus dentes como punhais faziam desse animal uma visão impressionante. A primeira imagem que passou para os paleontólogos foi a de um animal poderoso, feroz e implacável, capaz de matar qualquer coisa viva que cruzasse seu caminho.
Tiranossauro Rex
Tiranossauro Rex
O problema é que a ciência não pode deixar-se levar por impressões. Até então não havia nenhuma prova científica conclusiva que comprovasse que o tiranossauro era um predador. Ainda sim a imagem do vilão pré-histórico perdurou por décadas. Filmes, desenhos, em todos os lugares os tiranossauros eram ferozes e cruéis dinossauros sempre prontos a liquidar uma vítima indefesa.
Mas havia um homem que começava a duvidar dessa imagem. Um paleontólogo norte-americano que começou a questionar a imagem de "bad-boy" do tiranossauro. Esse homem era Jack Horner.
Horner já ficara famoso dentro da Paleontologia graças a suas descobertas e seus estudos dos ninhos e do comportamento maternal do Maiasaura, um dinossauro bico-de-pato do final do Cretáceo. Mas agora ele pretendia ir à fundo no caso do tiranossauro. Horner não acreditava em impressões e decidiu fazer ciência de verdade, procurando provas reais e não simplesmente aceitando uma idéia imposta pela aparência.
Depois de algum tempo de pesquisa Horner trouxe uma nova idéia que chocou a comunidade científica: ele acreditava ter encontrado provas de que o tiranossauro não era um predador, mas um necrófago, um carniceiro, tal como abutres e urubus, só que bem maior.
Tiranossauro Rex
Tiranossauro Rex
A maioria dos especialistas rejeita suas idéias. Para comprovarem a teoria do tiranossauro como predador eles também começaram uma verdadeira corrida para encontrar provas que contrariem as de Horner. Hoje existe um grande debate, onde os dois lados apresentam idéias bem fortes, o que equilibra o jogo. A seguir tentarei resumir alguns dos pontos nos quais Horner baseia suas idéias e, logo ao lado, as provas que podem não validar os mesmos:

Sobre os membros dianteiros

O que Horner diz:

O tiranossauro tinha braços muito curtos e fracos, incapazes até mesmo de se tocarem um ao outro. Eram praticamente inúteis. Sem ter braços fortes o tiranossauro seria incapaz de apanhar uma presa ou segurá-la durante uma luta. Sem poder segurar o tiranossauro seria incapaz de caçar.

O que dizem seus opositores:

O tiranossauro realmente tinha braços bem pequenos que, provavelmente, eram vestígios quase inúteis. Mas mesmo que não pudesse agarrar com eles o tiranossauro poderia usar suas mandíbulas poderosas. Estudos demonstraram que o tiranossauro tinha uma mandíbula 3 vezes mais potente que a dos grandes crocodilos e tubarões-brancos. Além disso seus dentes eram especialmente desenhados para segurar firme. O pescoço curto e robusto era também útil para resistir à grandes pressões. Tendo uma cabeça e um pescoço preparados para resistir ao estresse de uma presa em luta o tiranossauro não precisaria de seus braços. Hoje podemos observar essa situação em aves de rapina e crocodilos.

Sobre a capacidade de correr

O que Horner diz:

O tiranossauro tinha costelas frágeis que poderiam se partir com facilidade. Se um desses enormes animais, que poderia pesar até 7 toneladas estivesse correndo e, de repente tropeçasse, o tombo acabaria por provocar fraturas letais no tiranossauro, levando à morte. Assim o tiranossauro não poderia se arriscar. Ele provavelmente não corria.

O que dizem seus opositores:

Fraturas podem acontecer com qualquer animal de qualquer tamanho, mesmo numa queda ou num tombo. Cavalos e veados podem fraturar uma perna com facilidade. Nem por isso deixam de ser corredores incríveis. O tiranossauro, sendo bem mais pesado, também tinha seus riscos, mas isso não poderia ser fator que o impedisse de correr.

Sobre a velocidade

O que Horner diz:

Os membros traseiros do tiranossauro apresentam particularidades que levam a crer que ele era incapaz de correr. Os ossos da canela e da coxa são praticamente do mesmo tamanho, o que difere da maioria dos animais velocistas que apresentam ossos da canela levemente maiores que os da coxa. O tiranossauro provavelmente era um animal adaptado para andar por grandes distâncias, mas não para correr. Mesmo que corresse é provável que não fosse muito veloz.

O que dizem seus opositores:

A anatomia de um animal pode trazer grandes pistas sobre sua agilidade. Mas a maneira mais confiável de se estabelecer a que velocidade um animal poderia andar ou correr é estudando suas pegadas. A partir delas um especialista pode determinar com mais precisão a velocidade real com a qual o animal se movia. Durante anos nunca se soube de uma pegada de tiranossauro. Por isso sua velocidade era apenas estimada, baseando-se em terópodes menores. Nos anos 90 foi descoberta a primeira trilha de pegadas de tiranossauro e a partir delas pôde-se estabelecer a velocidade real do animal como tendo cerca de 15 km/h andando e 37 a 44 km/h correndo, o que é bastante bom para um animal terrestre. Sendo assim fica confirmado que o tiranossauro podia correr, e muito.

Sobre o olfato

O que Horner diz:

Estudos internos utilizando tomografia computadorizada demonstraram que o cérebro do tiranossauro apresentava um enorme bulbo olfativo. Também mostraram que a cavidade olfativa do tiranossauro era a maior entre todas as criaturas fósseis, em proporção ao tamanho da cabeça. Esses dados indicam que o tiranossauro tinha um sentido de olfato excepcional, sendo talvez o mais importante de todos.Tendo um olfato tão bom é provável que o T.rex pudesse sentir odores à quilômetros de distância. Essa capacidade permitia ao animal detectar carcaças muito distantes. É mais um indício de que ele, na realidade, era um carniceiro.

O que dizem seus opositores:

Realmente o tiranossauro tinha um dos melhores olfatos de todos os tempos. Mas não são só os carniceiros que possuem bom olfato. Predadores também são munidos dessa capacidade, que pode ser de extrema importância para a detecção de presas potenciais.

Sobre a visão

O que Horner diz:

Ao estudar o cérebro do tiranossauro Horner acredita que a região correspondente à visão era pequena demais. Para ele essa é uma prova de que o tiranossauro não tinha uma boa visão. Sem uma boa visão o tiranossauro teria dificuldade de conseguir caçar.

O que dizem seus opositores:

Muitos contestam as análises de Horner. Eles não consideram o tamanho do lóbulo ocular como indício único de acuidade visual. Eles lembram que o tiranossauro apresentava uma característica bastante interessante que está relacionada com a posição dos olhos. No T.rex os olhos são quase que totalmente frontais. Essa característica proporciona a chamada "visão estereoscópica", que permitia ao animal ter uma excelente noção de profundidade, distância e volume. Apesar de não indicar diretamente a acuidade visual, a visão estereoscópica nos dias de hoje está presente em animais cuja visão é muito aguçada, como aves de rapina e felinos. A visão estereoscópica é característica rara entre os animais e está presente em apenas dois tipos: predadores de topo e animais arborícolas. No primeiro caso ela é importante para calcular melhor um ataque. No segundo é primordial para se calcular um salto de um galho para o outro ou mesmo uma acrobacia, evitando uma queda iminente. O T.rex provavelmente não era arborícola. Sendo assim o motivo de apresentar tal tipo de visão seria o de ser um predador de topo em seu ecossistema. Ainda sim, mesmo que sua visão não fosse das melhores não estaria descartado como predador. A visão pode ser uma ferramenta muito útil para um predador, mas não é a única. Crocodilos, serpentes, sapos, algumas espécies de morcegos, botos, etc... não possuem uma visão muito eficiente, mas são excelentes predadores. Esses animais desenvolveram outros sentidos que suprem a carência de boa visão. Mesmo que não enxergasse bem, o tiranossauro, com seu olfato e outros sentidos poderia suprir essa necessidade.

Sobre as provas fósseis

O que Horner diz:

Já foram encontrados coprólitos (fezes fossilizadas) de tiranossauro com restos de ossos de dinossauros e marcas de dentes de T.rex em ossos da bacia de um Triceratops, o que prova que o T.rex comia carne, principalmente de outros dinossauros. Mas não prova que ele tenha abatido tais criaturas. A presença de ossos bem triturados indica que o tiranossauro comia grande quantidade dos mesmos, característica de um carniceiro que teve de se contentar com os restos deixados por outros carnívoros, incluindo ossos.

O que dizem seus opositores:

Realmente é difícil comprovar se os animais comidos pelo tiranossauro foram, ou não, mortos por ele. Mas existem algumas provas fósseis que podem provar as capacidades predatórias do mesmo. Um esqueleto de Edmontosaurus descoberto há alguns anos apresenta uma clara marca de mordida de T.rex na cauda, o que levou a fratura de alguns ossos. O que chamou a atenção é que a região da fratura foi calcificada. Isso demonstra que o animal foi mordido ainda vivo e sobreviveu ao ataque, vivendo tempo suficiente para a cicatrização do ferimento. Por que um tiranossauro atacaria um dinossauro herbívoro vivo e forte, sabidanente uma de suas fontes de alimento, se não para abatê-lo? Nesse caso em particular o tiranossauro não teve muita sorte, pois o herbívoro conseguiu escapar.Também foram encontradas marcas de enormes mordidas em outros tiranossauros, o que mostra que tais animais travaram lutas ferozes entre si, e, às vezes, comiam uns aos outros. A famosa Sue, um dos maiores T.rex já encontrados provavelmente morreu graças ao ataque feroz de outro de sua espécie. Tais provas são conclusivas no que se refere à capacidade de matar outros animais do tiranossauro.
Com você pôde perceber as duas teorias têm fortes indícios a seu favor. Eu procurei nesse resumo mostrar os dois lados da moeda, permitindo a você tirar suas próprias conclusões.
O mais provável, na minha opinião, é que o tiranossauro era, antes de tudo, um oportunista. Se observarmos os carnívoros atuais, quase todos, com raras exceções, nunca são totalmente predadores ou totalmente carniceiros. Isso se aplica a tubarões, crocodilos, leões, hienas e abutres. Dependendo da situação eles podem agir de uma maneira ou de outra. O que vale é conseguir a comida.
Acredito que para o tiranossauro a regra também valia. Não duvido que um T.rex pudesse abater grandes hadrossauros ou mesmo ceratopsianos, os maiores e mais abundantes herbívoros de seu tempo. Mas caso tivesse azar na caça ele dificilmente dispensaria uma carcaça fácil e disponível.
É possível que quando mais jovens, os tiranossauros fossem mais ativos e ágeis. Provavelmente essa época seria sua melhor fase como predador. Com força e rapidez os T.rex adolescentes, com cerca de 10 metros de comprimento e 2,5 toneladas poderiam abater quase todo tipo de presa que encontrassem, mesmo as mais ágeis. Podem ainda ter complementado sua dieta com restos deixados por outros dinossauros carnívoros.
Conforme ficavam mais velhos, os tiranossauros ficavam maiores e mais pesados, mas também mais espertos. Mesmo que ainda capazes de caçar ativamente é possível que os T.rex adultos, os maiores carnívoros de seu tempo, usassem seu tamanho e sua aparência assustadora para espantar predadores menores, para roubar-lhes as presas. Esse tipo de situação é bastante vista nas planícies africanas. Os leões machos, grandes e assustadores são experts em usar de terror para roubar presas de leopardos, cheetas, hienas e até das leoas. Com sua atitude intimidadora eles quase sempre conseguem o que querem. Os menores, sem ânimo para enfrentar os grandalhões, quase sempre cedem seu prêmio conseguido à tanto custo.
Tiranossauro Rex
Tiranossauro Rex
Essa lei pode ter sido válida há 65 milhões de anos, na época do T.rex. Não se sabe de nenhum dinossauro grande o suficiente para enfrentar o rei naquele ecossistema. Com sua aparência rude, seu enorme tamanho e seu urro assustador o T.rex poderia espantar qualquer um.
Talvez, quando fosse muito velho, fraco demais para assustar alguém, o tiranossauro sobreviveria de restos que, com sorte, pudesse arranjar.
Fonte: www.achetudoeregiao.com.br
Tiranossauro Rex
O Tiranossauro cujo nome significa lagarto tirano rei, foi um dos maiores carnívoros terrestres encontrados até hoje, perdendo apenas para o Giganotossauro e para o Carcharodontossauro, seus parentes, possivelmente mais agressivos, pois alguns cientistas acreditam que o Tiranossauro era um carniceiro, assim como os atuais urubus.
Seus dentes afiados eram ligeiramente curvos, de forma a agarrar melhor suas presas. Como o tubarão, uma vez que o Tiranossauro abocanhava sua vítima, para escapar de seus dentes curvos era necessário entrar mais fundo em sua boca. Possuía cerca de cinqüenta desses dentes afiadíssimos de até 20 cm, uma perfeita máquina de fatiar carne. Suas vítimas prediletas eram os hadrossauros e ceratopsídeos.
O Tiranossauro andava sobre duas pernas, que eram fortes o suficiente para sustentar o grande corpo e movimentá-lo à uma velocidade de até 48km/h. Cada pé possuía garras fortíssimas. Três desses dedos eram de apoio e um nem tocava o chão. Os braços minúsculos, com apenas dois dedos cada chegavam a ser até meio ridículos se comparados ao tamanho desse animal. Não se sabe ao certo para que o Tiranossauro usava esses braços; se para se apoiar ou para agarrar a presas. O achado de um crânio danificado comprova que deveriam ocorrer violentas batalhas entre os Tiranossauros, por comida e pelo direito de se acasalar. Viveu durante o período Cretáceo há aproximadamente 66 milhões de anos atrás e pertencia ao grupo denominado de terópodes.
Inicialmente ele foi chamado de Dynamosaurus imperiosus, mas logo recebeu um nome mais apropriado. Este magnífico e assustador animal que foi descoberto no Oeste Americano, tinha a cabeça gigantesca, cerca de 1,20 metros de comprimento e suas mandíbulas eram tão grandes que podiam devorar um ser humano inteiro e exercer uma pressão enorme. Isso também é umas das características que contestam os hábitos do Tiranossauro como sendo um necrófago.

Dados do Dinossauro

Nome: Tiranossauro Rex
Nome científico: Tyrannosaurus rex
Época: Cretáceo
Local onde viveu: América do Norte e Ásia
Peso: Cerca do 8 toneladas
Tamanho: 14 metros de comprimento e 5,60 metros de altura
Alimentação: Carnívoro
Tiranossauro Rex
Tiranossauro Rex
Tiranossauro Rex
Tiranossauro Rex
Daspletossauro
    O Daspletossauro, cujo nome significa lagarto horroroso, foi descoberto em Alberta, em 1970. Tinha 9 metros de comprimento e era muito assemelhado com o Tiranossauro Rex. Ele possuía ossos e juntas adaptados no crânio e no pescoço para dar cabeçadas em suas presas em uma possível perseguição; era capaz de arrancar enormes pedaços de carne em apenas uma mordida. Provavelmente o Daspletossauro seria um caçador solitário e não muito veloz, tendo que atacar suas presas por meio de emboscadas, dando-lhes mordidas as quais seriam fatais para a presa que em pouco tempo cairia morta, bastando apenas encontra-la depois.

Dados do Dinossauro:
Nome: Daspletossauro
Nome Científico: Daspletosaurus torosus
Peso: Cerca de 3 toneladas
Tamanho: 9 metros de comprimento
Época: Cretáceo à 80 milhões de anos atrás
Local em que viveu: Canadá
Alimentação: Carnívora

segunda-feira, 8 de fevereiro de 2010

O que é Paleoarte?
Pela morfologia da palavra Paleoarte, poderíamos deduzir que é a arte ligada à paleontologia e realmente é mais ou menos isso, de uma forma um pouco complexa. Muitos de nós, e me refiro aos apaixonados por vida pré-histórica, gostamos de desenhar os animais extintos, por vezes desde a infância e isso acaba tornando-se um hábito, levando-nos a aprender sobre arte, desenho, pintura e escultura, tanto manual quanto virtual/digital e também a aperfeiçoar nossas técnicas, melhorando as habilidades ao ponto de retratar qualquer animal que desejamos e da forma que os imaginamos.
De acordo com o que entendi da pesquisa que li, poderia simplificar da seguinte maneira: Paleoarte é um conjunto de técnicas usado para criar uma concepção artística de um ser vivo e/ou ambiente extinto a partir de espécies fósseis, com finalidade acadêmica (uso em universidades e pesquisas científicas), didático (para ensinar a respeito de terminado tema) ou estética (em filmes, desenhos, revistas, brinquedos, entretenimento em geral).
Dentro da Paleoarte estariam subcategorias, como Paleoreconstrução, Paleoreconstituição e Paleorestauração, bem como um novo conceito criado pelos autores chamado Paleodesign, que estão explicados individualmente a seguir.
Na verdade, as primeiras 3 subcategorias são termos usados por vezes como sinônimo de paleoarte, em uma visão geral e ampla, mas devido às confusões observadas por Felipe Elias e seus colegas, em que determinado pesquisador usa cada termo genericamente opondo-se à outro que entende cada um como uma área específica, os autores optaram por definir de forma mais direta possível o que é cada um dos 4 termos propondo que sejam tratados como subcategorias que integram a paleoarte, a partir das definições semânticas das palavras reconstituição, restauração, design e reconstrução. A semântica estuda o significado/sentido de uma palavra.
Paleoreconstrução: tentando simplificar, posso dizer que é a tarefa de organizar as partes de um fóssil completo de acordo com estudos de biomecânica tentando montá-lo da forma que era em vida. Exemplo: encontro um esqueleto completo de um dinossauro, porém todo desmontado. Através da arte eu devo desenhar ou esculpir o esqueleto montado como o animal era em vida.
Paleorestauração: é a recuperação visual de fósseis deformados ou danificados por processos de preservação. Exemplo: devo colar partes de um osso para montá-lo porque quebrou-se durante a fossilização, remoção do solo ou porque foi armazenado de forma inadequada o que provocou prejuízos ao material.
Paleoreconstituição: é o tipo de paleoarte em que incluímos na obra uma característica, uma parte do corpo de uma espécie fóssil qualquer que não foi preservada no processo de fossilização. Exemplo: quando desenho um terópode do qual encontraram apenas ossos, dou à ele uma pele com escamas e/ou penugem e um padrão de cor. Tais elementos não ficaram preservados, então tive de incluir de acordo com deduções baseadas em dados científicos de outros fósseis ou animais análogos atuais.
Paleodesign: De acordo com os próprios autores, é a representação da aparência externa em vida de qualquer organismo fóssil envolvendo um estudo detalhado de técnicas, suportes e dados referentes à morfologia, fisiologia e ecologia do organismo.
Exemplo: do meu ponto de vista, creio que a representação de um dinossauro terópode da espécie Tyrannosaurus rex, retratando sua aparência, incluindo algum possível comportamento e funcionamento do corpo em relação a um nicho ecológico num ambiente do Cretáceo Superior, estágio Maastrichitiano da América do Norte com base nos dados científicos disponíveis apresentados de acordo com sensibilidade estética do artista é paleodesign.
Lembrando que paleodesign é um termo criado e proposto pela primeira vez neste trabalho pelos respectivos autores com intuito de tornar mais definida esta área da paleoarte.

O que preciso para retratar algo cientificamente correto?
Segundo o que compreendi lendo o artigo, para se realizar uma ilustração ou escultura de uma espécie extinta, estando ou não em seu ambiente natural, devemos ter um conhecimento científico atualizado e aprofundado sobre o que pretendemos retratar, principalmente se o intuito é passar conhecimento, informação, ensinar a partir da obra de arte.

Não basta eu pegar um lápis e desenhar, um Tiranossauro por exemplo, da forma como o conheço ou apenas com base em um outro desenho, filme ou brinquedo para que a obra criada por mim seja considerada cientificamente correta, por isso eu primeiramente precisaria consultar se possível, os fósseis reais do animal pessoalmente.

Caso não seja possível o acesso ao material, a literatura é o caminho certo e é através de pesquisas científicas a respeito do animal, da forma, tamanho e composição dos ossos, do tipo de rocha em que foi encontrado, que eu devo começar a elaborar a minha arte.
São necessários dados a respeito de como cada osso se ligava ao outro para formar o esqueleto, é preciso compreender como o animal morreu, se seus restos foram movidos para outro local após a morte e como isso ocorreu.
É preciso compreender qual a organização das camadas sedimentares que envolvem o fóssil e quais camadas estão acima ou abaixo, qual a idade dos restos e qual o tipo de fossilização a que o animal foi submetido, como era o funcionamento de seu corpo, como movia-se, qual seu parentesco com outros animais. Além de tudo isto, é preciso ter conhecimento a respeito dos animais atuais, análogos aos extintos, para poder talvez deduzir com maior precisão como deve-se retratar características do animal que não se preservam no fóssil.
Análogos seriam animais semelhantes, como temos atualmente o Tatu que é um análogo moderno do Doedicurus e outros gliptodontes. Para o Smilodon, temos o Leão, o Tigre, a Onça e outros felinos grandes como análogos. Estes exemplares modernos que se assemelham aos extintos permitem atribuir ao espécime fóssil características como hábitos alimentares, comportamento de caça e proteção, reprodução, cores e aparência que não são preservados nos fósseis por meio de comparação entre os restos com seus análogos, por meio de Anatomia Comparada.
Confira abaixo a diferença entre duas ilustrações, a primeira, de Felipe Alves Elias, retratando o terópode Spinosaurus. A segunda, retratando o mesmo animal, porém de forma diferente. A Segunda imagem é o modelo digital do animal usado e Jurassic Park 3. Percebam que há muitas diferenças entre os desenhos, a principal delas é o crânio. Suponho que o Felipe procurou retratar o animal de forma científica, buscando dados em pesquisas sobre o bicho para ilustrá-lo, enquanto que a Universal Pictures fez um animal para entretenimento, mais assustador, crânio mais forte, braços mais longos, cauda mais curta. É este o contraste entre duas imagens de um mesmo animal, quando uma obedece aos dados científicos e outra não.
Spinosaurus: este retrato tem base em dados científicos© Felipe Alves Elias
Spinosaurus de JP3: cientificamente incorreto
© Universal Pictures

Quais são as principais etapas para retratar algo de forma cientificamente correta ?

A partir do proposto no trabalho de Renato, Rodolfo e Felipe, no estudo que publicaram, existem algumas etapas que devem ser seguidas e que apresento de forma simplificada abaixo:

1º Etapa: Acumular o máximo de dados possíveis a respeito do que se pretende retratar, incluindo todos os aspectos mencionados anteriormente, desde aparência, tamanho, tipo de rocha onde o fóssil foi encontrado e todos os demais aspectos mencionados. Deve-se comparar o animal fóssil com análogos atuais que tenham relação ecológica ou filogenética com o espécime extinto.
Uma imagem do esqueleto ajuda muito a reconstrir um animal corretamente
© Dinocasts.com
2º Etapa: Realiza-se esboços do esqueleto do animal em diversos ângulos, especificamente o ângulo frontal, superior e lateral (o animal visto de lado, de cima e pela frente). Feito o esqueleto, deve-se adicionar esquemas de músculos e tegumentos, e só depois a textura e cor destes. Se necessário ou de interesse do artista, pode-se ainda adicionar olhos, pele e textura, entre outras características do corpo. Nesta etapa o retrato do animal está praticamente completo.
O Carnotauro de Rafael Albo foi baseado em um esqueleto como o visto acima, e veja como a representação fica bem similar ao observado no fóssil, estando a gravura já completa na parte de criação, faltando apenas pintura, que é facultativa.
Carnotaurus
© Rafael Albo

3º Etapa: Podemos fazer uma escultura digital do animal, respeitando aspectos anatômicos com textura de pele e todas as características, unindo o modelo digital a uma malha que permite a movimentação de partes isoladas da modelagem, para servir de esqueleto e permitir a movimentação do animal. Não é totalmente necessária, mas útil para testar a biomecânica do corpo e a capacidade de realizar determinado movimento naturalmente. Ajuda a entender o funcionamento, a locomoção do animal entre outros aspectos.

4º Etapa: Reconstrução do paleoambiente, incluindo representações do clima, solo, plantas, outros animais, um nicho ecológico completo incluindo aí o modelo digital produzido na etapa 3. Por fim cria-se a interação do animal com o ambiente, inserindo sombra do animal no ambiente e vice-versa, poeira, interação com as plantas e outros animais, entre outros fatores externos ao corpo que estejam em interação com o animal.

Qual a importância da Paleoarte?

A importância está na ponte criada entre a população leiga em geral e o conhecimento científico teórico, uma vez que nem todos tem acesso e/ou conhecimentos para interpretar dados usados em um ambiente acadêmico. Por outro lado, muitos tem acesso e conhecimento teórico a respeito, porém a leitura excessiva torna-se chata e provoca desinteresse, por isso as imagens são necessárias.
Mais importante ainda, é que imagens ajudam na compreensão de descrições dos seres vivos já extintos, ajudando na interpretação dos termos técnicos. Supondo que um determinado paleontólogo estudou um Trilobita encontrado no Brasil e publicou um estudo a respeito descrevendo o animal de acordo com o que viu no fóssil. Pesquisadores que não viram o mesmo fóssil podem assimilar com mais facilidade a descrição do animal se esta vem acompanhada de uma figura.
Se desejamos publicar uma descrição do paleoambiente de certo período, nada melhor do que uma imagem para ajudar o leitor a compreender o que queremos dizer, assim como desenhos ou modelos digitais atraem a atenção do público leigo para uma notícia que aparece na TV. Um museu vai atrair muito mais visitantes se mantiver em exposição um esqueleto montado de um animal ou uma escultura do mesmo em tamanho natural do que se exibir apenas os fósseis, que por vezes são de difícil compreensão para olhos não treinados.
A arte aplicada à ciência permite uma maior disseminação de conhecimento, atraindo o interesse de pessoas que não estão familiarizadas com aquele assunto.
Além disto, a paleoarte com função de entretenimento é bem interessante, uma vez que podemos criar modelos dos animais, por vezes não tão corretos cientificamente, mas interessantes do ponto de vista visual, como usado em filmes e em alguns documentários.


Bem, com isso eu concluo esta postagem, e espero ter conseguido demonstrar corretamente o que é paleoarte. Infelizmente não tive tempo de inserir mais imagens para exemplificar, o que parece irônico, pois na maioria das postagem coloco toneladas de fotos e nesta, especificamente sobre arte, só duas. Bem, pretende colocar mais algumas, porém preciso pesquisar quais exatamente, não gostaria de dar exemplos incorretamente. Se algum dos autores do artigo citado tiver interesse em contribuir ou encontrar alguma informação incorreta, ou mesmo outros artistas, por favor entrem

Três mil pegadasde dinossauros foram encontradas na China

Pesquisadores fizeram uma importante descoberta para a paleontologia, encontrando uma trilha de pegadas de dinossauros de grupos diversos, incluindo predadores e presas em uma vala de uma encosta de rochas com cerca de 2,6 mil metros quadrados.

De acordo com os cientistas chineses, todas as pegadas apontam um mesmo caminho, como se os animais migrassem em bandos ou como se fugissem todos juntos de um predador. Ao todo, foram identificadas pegadas de dinossauros de 6 grupos diferentes, incluindo Hadrossauros, Terópodes entre outros. As marcas tem tamanhos variados, entre 10 e 80 centímetros de diâmetro dependendo da espécie e datam de mais de 100 milhões de anos. Foi na província de Shandong, leste da China, que encontraram a vala com as pegadas.
Durante 3 meses de intenso trabalho os paleontólogos examinaram as pegadas e escavaram o sítio, que é muito produtivo quando se trata de fósseis de dinossauros. Outro local na China privilegiado é a área de Zhucheng, que de tantos fósseis encontrados ali, ganhou o apelido de "Cidade dos Dinossauros".

domingo, 7 de fevereiro de 2010

Alioramo
    Encontrado na Mongólia no ano de 1976, o Alioramo foi um predador de porte médio que chegava a 6 metros de comprimento. Por não ser muito pesado, o Alioramo era um dinossauro veloz, que perseguiria suas presas dando-lhes mordidas e cabeçadas. Além da Mongólia ele encontrado também na China e na Rússia. Na imagem acima um Alioramo está perseguindo um Protoceratops, que se for alcançado não terá a menor chance no combate corpo a corpo.

Dados do Dinossauro:
Nome: Alioramo
Nome Científico: Alioramus remotus
Época: Cretáceo
Local em que viveu: Ásia
Peso: Cerca de 700kg
Tamanho: 6 metros de comprimento
Alimentação: Carnívora

quinta-feira, 4 de fevereiro de 2010

Gorgossauro
    O Gorgossauro cujo nome significa "Lagarto de Gorgon" viveu durante o período Cretáceo há aproximadamente 70 milhões de anos atrás em Alberta, Montana e Novo México. Era um enorme dinossauro carnívoro terópode da família dos tiranossaurídeos, possuía uma boca enorme, pernas fortes e seus braços já se apresentavam atrofiados algo comum em sua família. O Gorgossauro era um predador solitário, porem em épocas de procriação poderiam viver em grupos familiares.
Dados do Dinossauro:
Nome: Gorgossauro
Nome Científico: Gorgosaurus libratus
Época: Cretáceo
Local onde Viveu: América do Norte
Peso: Cerca de 3 toneladas
Tamanho: 9 metros de comprimento
Alimentação: Carnívora

quarta-feira, 3 de fevereiro de 2010


Smilodon

Smilodon populator
© Mário Alberto
Smilodon fatalis
© Ian Coleman

Nome científico: Smilodon populator, S. fatalis e S. gracilis (Dentes de faca).
Tamanho: S. populator com 3 metros de comprimento, S. graciliscom 1,20 e S. fatalis, 2,50 metros.
Alimentação: carnívora.
Peso: S. populator cerca 500 Kg; S. fatalis 320 Kg. e S. gracilis com 80 Kg.
Viveu: América do Norte e América do Sul, achados no Brasil e Argentina.
Período: Pleistoceno e Holoceno, os mais antigos datam de 2.5 milhões de anos e o mais recente de 10 mil anos.

Onde o Smilodon viveu?
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Quando ele Viveu? 
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O Smilodon não tem parentesco direto com os tigres, como sugere seu nome popular, "Tigre-dentes-de-sabre", pois pertence a uma subfamília de felinos extintos, conhecida como Machairodontinae, da qual não resta nenhum membro vivo atualmente. Todos os animais desta subfamília eram providos de caninos longos. Seu nome vem do grego, Smile faca de trinchar carne + Odontos dentes.
O primeiro fóssil descoberto foi encontrado no Brasil, na cidade de Lagoa Santa - Minas Gerais em 1941, pelo pesquisador dinamarquês Peter Wilhelm Lund (1801-1880).
O dinamarquês vivia no Brasil e pesquisava muito na região de Minas Gerais em busca de fósseis, quando finalmente encontrou em uma caverna o fóssil de Smilodon. Por este e outros achados hoje este homem é considerado o pai da pelontologia no Brasil.
Dentre todos os achados, foi possível definir três espécies diferentes desse felino, espécies que você conhece melhor abaixo.
Smilodon populator : É a maior espécie de Smilodon, podia atingir 3 metros de comprimento, 1,20 metro de altura com massa corporal de até 500 quilos. Viveu na América do Sul, sendo os fósseis encontrados em Minas Gerais, como mencionado antes e em São Paulo, assim como na Argentina. Seus caninos eram muito grandes, mediam em média 15 centímetros de comprimento, mas há fósseis que mediam até 18 centímetros. Viveu no Pleistoceno e Holoceno.


Smilodon populator
© Felipe Alves Elias
Crânio de Smilodon populator
fóssil original na exposição Dinos na Oca em SP
© Jorge Gonçalves de Macedo
Smilodon fatalis : Esta espécie tem duas subespécies de Smilodons, o Smilodon fatalis californicus e o Smilodon fatalis floridana. Esta espécie viveu no Pleistoceno e Holoceno também, porém era menor que o S. populator, chegava a medir 2,50 metros de comprimento e pesava em torno de 320 quilos. Viveu na América do Norte e do Sul.

Smilodon fatalis comparado a um homem
© Dan Reed
Crânio de Smilodon fatalis na Dinos na Oca© Jorge Gonçalves de Macedo
Smilodon gracilis : Esta espécie é a mais antiga, viveu entre 2,5 milhões e 500 mil anos, é também a menor espécie conhecida, pesando em torno de 80 quilos apenas. Media somente 1,20 metros e provavelmente é um ancestral dos demais espécimes de Smilodon.

No tamanho, estes grandes predadores equivalem a leões e tigres, porém seu corpo era bem mais robusto, sua massa muscular era maior, principalmente nas pernas dianteiras e pescoço, deixando o animal com um porte semelhante ao de um urso do que de um felino.
Sua principal característica eram os caninos de aproximadamente 15 centímetros de comprimento, projetados para perfurar e ferir profundamente, quando o animal mordia a vítima.
Essas grandes "armas" não eram projetadas para rasgar carne, eram frágeis demais para tal empreitada, podendo quebrar-se durante uma mordida.
Sendo assim, este animal devia utilizar os caninos para perfurar veias do pescoço, como a jugular ou para perfurar a traqueia, aproveitando-se de sua capacidade de abrir a mandíbula em um ângulo de 120 graus, enquanto a abertura de mandíbula dos leões, por exemplo, chega a 65 graus.
Porém se comparada a mordida do Smilodon com de outros felinos de dentes de sabre, é mais fraca, talvez porque o Arco Zigomático desses carnívoros era menor que o dos felinos atuais. Este arco é um osso do rosto por qual passam músculos que ajudam a mover a mandíbula. Sendo menor, o osso não permitia que os músculos crescessem tanto e com isso a mordida seria mais fraca, calculada em aproximadamente um terço da força de uma dentada de um leão.
Então se analisarmos as forças de mordida de vários felinos dentes de sabre, parece que quanto maior os dentes caninos do felino, mais fraca é sua mordida.
O Smilodon desenvolveu pernas mais curtas, porém mais fortes e musculosas do que outros felinos, contendo nas patas dianteiras fortes músculos flexores e extensores, que permitiam ao animal segurar com força presas de grande porte.
Já as pernas traseiras eram dotadas de músculos adutores que ajudam a dar estabilidade ao perseguir uma presa. Como os demais felinos, o Smilodon devia ter garras retrateis.
O comportamento social desses felinos é desconhecido, mas os achados feitos em La Brea Tar Pits, na Califórnia, continham centenas de fósseis da espécie S. fatalis, o que pode sugerir que usavam o comportamento de ataque em bando, aproveitando para comer restos de animais mortos nas armadilhas naturais de piche, ou mesmo atacar animais vivos que ali ficavam presos ao tentar beber água. Uma sugestão é que eram atraídos pelos ruídos dos animais, que provavelmente gritavam ao tentar desatolar-se, uma característica de predadores sociais, que vivem em bandos, afirma Chris Carbone, da Sociedade de Zoologia de Londres, o qual fez pesquisas no Serengueti na África e constatou que somente carnívoros que caçam em bando acabam sendo atraídos por sons de animais presos ou machucados, tocados pelo pesquisador.
Talvez o "Dentes de Sabre" vivesse em bandos, caçando e levando a presa até o bando, e dividindo a comida. Além disso, alguns fósseis apresentavam sinais de doenças e ferimentos, mas que não mataram, ou seja, acabaram se curando. Para que um animal pudesse sobreviver machucado teria que comer presas de outros, pois não teria capacidade de caçar. Podemos supor que os mais fortes caçavam e os restos eram devorados pelos fracos e doentes. Seus dentes caninos ajudavam a afugentar possíveis competidores pela comida. Os machos e fêmeas eram do mesmo tamanho e ambos tinham presas.
Dentre as presas do Smilodon estavam ancestrais dos camelos atuais, cavalos, preguiças gigantes, cervos, mamutes, mastodontes e bisões.
Grandes felinos atuais costumam matar a vítima por estrangulamento, uma empreitada que leva vários minutos, no entanto os Smilodons não deviam fazer isso porque sua mordida não era tão forte.
Pesquisadores acham mais provável que estes animais usassem sua grande massa corporal, jogando seu peso e agarrando a vítima com força com as patas da frente, até derrubá-la no solo, onde poderia mais facilmente atacar sua jugular, cortando a veia ou atingindo a traqueia com os longos caninos, um método rápido, que não precisaria que o felino permanecesse mordendo a vítima por longos minutos. Outra possível arma do Smilodon pode ser sua pelagem, não se sabe exatamente a cor de seus pêlos, mas geralmente predadores deste tipo desenvolvem um padrão de camuflagem, que dá a eles o "elemento surpresa", que pode ser decisivo em um ataque. Segundo os líderes deste estudo, esta técnica pode ter tornado o Smilodon o felino mais eficaz em caçadas, principalmente de grandes presas, se comparado aos leões e tigres atuais. Mas tudo tem dois lados, assim é a técnica de caça do Smilodon, que acabaria ficando dependente do "suprimento" de grandes animais para sobreviver. Isto pode ter contribuído para sua extinção, já que com grandes caninos ficaria mais difícil de capturar presas pequenas e rápidas, que se desenvolviam em um ambiente em estada de mudança.
Em 2008, pesquisadores fizeram um novo estudo e afirmaram que o Smilodon realmente não tem nenhuma característica de caçador solitário, mas sim de caçador social, atacando em bandos como leões. Pensam também que as suas presas longas serviam mais para comportamento social e exibição sexual, para atrair parceiros, do que para caçar.
Estes felinos sumiram da face da terra por volta de 10.000 (dez mil) anos atrás, quando os humanos começavam a evoluir e tomar espaço, sugerindo que os mesmo podem ter ajudado a extinguir essa e outras espécies caçando. Porém alguns afirmam que o fim da era do gelo pode ter alterado radicalmente o clima e a vegetação afetando herbívoros e consequentemente os carnívoros como Smilodon, que acabaram extintos. Porém não faz muito sentido se levarmos em conta que esse animal e seus ancestrais, sobreviveram a mudanças de clima de eras interglaciais.
O Smilodon é um animal relativamente popular, conhecido mundialmente como o "Tigre-dentes-de-Sabre", por isso aparece em vários desenhos, séries e filmes. Uma série de filmes recentes em que o "gatão" é retratado é a animação A Era do Gelo, no qual é o personagem Diego. Também já filmaram um filme chamado Sabretooth (Dentes de Sabre), além de ser mostrado em documentários como Walking with Beasts da BBC e Prehistoric Park, onde Nigel Marven volta no tempo e resgata o animal para livrá-lo da extinção.

Smilodon populator de Walking with Beasts
© 
BBC

Inclusive uma curiosidade interessante, é que o episódio onde retratam a vida dos "Tigres-dentes-de-Sabre" no documentárioWalking with Beasts da BBC, foi filmado no Brasil, na Chapada dos Veadeiros - Goiás. Confira as fotos da paisagem usada nas gravações. As fotos foram tiradas por Wilker de Almeida, irmão de um amigo, durante viagem na região. Compare a 1º foto da chapada com a foto de uma cena do documentário.
Chapada dos Veadeiros - Goiás
© Wilker de AlmeidaChapada dos Veadeiros - Goiás
© Wilker de AlmeidaChapada dos Veadeiros - Goiás - Cena de Walking with Beasts
A ave Phorusrhacos observa mamíferos pastando

Também aparece na série de TV inglesa, Primeval, onde anomalias no tempo formam portais que permitem que animais do passado ou futuro viagem pelos portais. Em um episódio um destes grandes felinos acaba sendo trazido ao presente e a confusão gearada por ataques se torna um caos.
Também foi escolhido como mascote e símbolo do time de hockey Nashville Predators, da cidade de Nashville, onde foi encontrado um de seus fósseis durante a construção de um banco

Fontes:Blog do Ikessauro