sexta-feira, 7 de agosto de 2009

Os sons dos dinossauros

Sons dos Dinossauros
A vocalização dos dinossauros ainda permanece como mistério para os especialistas. Afinal eles estão mortos e um morto não emite sons.
Estudos dos crânios podem trazer à tona algumas pistas mas não resolvem o problema.
Por exemplo, a existência de grandes câmaras ocas na cabeça, chamadas Câmaras de Ressonância podem indicar como o ar passava por entre elas e nesse caso, pode dar uma noção do tipo de som que seriam produzido.
Sabemos que, por exemplo, os dinossauros conhecidos como bico-de-pato, ou hadrossauros, apresentavam em seus crânios grandes câmaras ocas, repletas de septos que podem ter funcionado como câmaras de ressonância. Em algumas espécies essas câmaras eram aumentadas graças à enormes e exuberantes cristas ocas, cujo formato variava de acordo com a espécie.
Os especialistas acreditam que essas cristas funcionavam como amplificadores das câmaras cranianas e que cada espécie produzia um tipo de som diferente.
Como nos animais atuais, os sons podem ter sido importantes para os dinossauros em diversos aspectos de sua vida. Os sons podem servir como importantes meios de comunicação. Podem ser usados para indicar a localização, chamar companheiros, pedir ajuda, atrair parceiros sexuais, afastar rivais e predadores, demonstrar o estado de humor, etc.
Recentemente um paleontólogo resolveu construir modelos detalhados das cristas de uma macho e uma fêmea Parasaurolophus. Com a ajuda de programas de computador ele acredita que chegou bem próximo ao real som de chamado desses animais. O que ele conseguiu foi algo parecido com um enorme trompete. Ele percebeu que no caso do macho os sons eram mais altos e agudos, ocasionados por sua crista mais longa e reta. Nas fêmeas o som era mais baixo e grave, produzido por cristas mais curtas e curvadas.
É bem provável que esse não era o único som que tais animais faziam. Com grandes câmaras de ressonância poderiam ter uma ampla gama de sons.
Os dinossauros saurópodes também exibiam grandes câmaras de ressonância. É possível que emitissem sons baixos, como roncos, mas também sons mais altos. Alguns cientistas acreditam ainda que poderiam emitir sons semelhantes a cantos, como fazem hoje os cetáceos.
Entre os ceratopsianos, acredita-se que a maioria dos sons se compunham de roncos baixos, mas podem ter produzido sons mais altos, como grandes mugidos. É mais provável que esses animais não dessem tanta importância à comunicação sonora. Os ceratopsianos eram criaturas mais visuais.
Com relação aos estegossauros e anquilossauros, quase não há estudos sobre isso. Mas muitos imaginam que eles roncassem como hipopótamos e grandes porcos.
Entre os pequenos celurossauros, ornitomimossauros e oviraptorssauros é possível que emitissem chiados e piados, semelhantes a pássaros.
No caso dos raptores rosnados e chiados como de aves de rapina podem ser sido os sons padrão da espécie.
Entre os grandes carnívoros, como o Tyrannosaurus, Giganotosaurus e Spinosaurus costumamos imaginá-los rugindo alto, estremecendo a selva como grandes trovões. Mas na verdade não fazemos a mínima idéia de qual som faziam. Podem ter realmente rugido, especialmente para ameaçar rivais ou espantar predadores menores, a fim de roubar-lhes a caça.

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